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Costa-Gavras é representante do cinema político
DA REPORTAGEM LOCAL
Na entrevista à Folha, Romain Gavras diz que, entre os
filmes de seu pai, seu predileto
é "Estado de Sítio" (1973).
O longa é uma síntese da filmografia política do cineasta
greco-francês Constantin Costa-Gavras, 77.
Em uma ação arriscada, um
grupo de guerrilheiros sequestra um diplomata brasileiro e
um homem americano. O grupo, então, exige a libertação de
militantes políticos.
Se com dois clipes considerados violentos Romain já convive com a controvérsia, Costa-Gavras está acompanhado pela
polêmica há tempos.
Um exemplo recente é
"Amém", de 2002. O filme trata
da passividade do Vaticano
diante do extermínio de judeus
pelo regime nazista.
Costa-Gavras é um nome incontornável quando o assunto
é cinema político.
Um de seus mais conhecidos
longas, "Z", de 1969, foi censurado pelo regime militar no
Brasil e só foi exibido por aqui
em meados dos anos 1980.
Com Yves Montand e Irene
Papas no elenco, o filme retrata
o confronto entre o governo direitista da Grécia nos anos
1960 e a oposição esquerdista.
Costa-Gavras foi, ainda, presidente do júri do Festival de
Berlim em 2008, quando o Urso de Ouro da competição ficou
com o brasileiro "Tropa de Elite", de José Padilha.
De sua filmografia, destacam-se ainda "O Quarto Poder" (1997), crítica ao sensacionalismo da imprensa, e "Missing: Desaparecido" (1982).
Uma filha de Costa-Gavras,
Julie Gavras, também é cineasta. Ela dirigiu "A Culpa É do Fidel!" (2007).
(FM e TN)
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