|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Especialistas dizem que chances de sobrevivência são pequenas
DA REPORTAGEM LOCAL
Especialistas que tiveram contato com a equipe que cuida do
guitarrista Marcelo Fromer disseram que suas chances são muito
pequenas, quase inexistentes. Ele
não estaria respondendo a nenhum tipo de estímulo. Por ser jovem, 39 anos, e por gozar até então de boa saúde, Fromer teria
condições de resistir ainda por alguns dias, período que pode definir sua sobrevivência.
O boletim médico divulgado
pelo Hospital das Clínicas às
18h30 de ontem dizia que o estado
do paciente continuava "extremamente grave", mas que sua
condição neurológica permanecia "inalterada" desde a manhã.
O boletim anterior informava
que Fromer tinha sido submetido
a "uma craniotomia descompressiva", operação que consiste na
retirada da tampa de um dos lados do crânio.
O procedimento só é adotado
em fase avançada, quando outros
recursos para reduzir a pressão
intracraniana já foram tentados.
Sem esse procedimento, o paciente certamente teria morrido nas
primeiras horas após o acidente.
"A craniotomia consiste na retirada de quase todo um lado da calota craniana", diz Eduardo Mutarelli, neurologista do Hospital
Sírio Libanês e professor da Faculdade de Medicina da USP.
Abaixo da calota, estão as três
camadas da meninge, uma delas
rígida, a duromater. A equipe faz
então uma abertura nesta camada, permitindo que o cérebro inchado avance para fora.
Esse inchaço é causado pelo aumento do sangue dentro dos pequenos vasos. Como o cérebro
não tem para onde se expandir,
ocorre um aumento da pressão
interior, impedindo a entrada de
sangue e podendo levar à morte.
"A janela aberta no osso craniano e a abertura e o enxerto realizados na meninge vão permitir uma
queda na pressão", diz Jair Urbano da Silva, chefe da neurocirurgia do Hospital Jabaquara.
(AURELIANO BIANCARELLI)
Texto Anterior: Atropelamento deixa titã Marcelo Fromer em coma Próximo Texto: Titãs: Fromer compôs para novo CD da banda Índice
|