São Paulo, segunda-feira, 13 de junho de 2011

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Estilista-revelação em Paris, Pedro Lourenço volta à SPFW

Sucesso de crítica na fashion week francesa, designer mostra coleção de alto verão em SP

Peças mais casuais fazem parte do novo plano de negócios que o criador traçou para o mercado brasileiro

Divulgação
Look da coleção resort que Pedro Lourenço vai apresentar à imprensa na SPFW

PEDRO DINIZ
DE SÃO PAULO

Pedro Lourenço, 20, foi criado nos corredores da São Paulo Fashion Week.
Filho da dupla de estilistas Gloria Coelho e Reinaldo Lourenço, ele apresentou sua primeira coleção aos 12 anos de idade, e atualmente é visto como uma das apostas da moda mundial.
Há duas temporadas, Pedro desfila seu prêt-à-porter de luxo na Semana de Moda de Paris. Paralelamente, decidiu voltar à SPFW, agora para mostrar uma coleção resort- uma espécie de alto-verão, feito de peças casuais. As peças serão apresentadas no sábado, no Museu Afro Brasil, para um pequeno número de jornalistas.
Em entrevista à Folha, Pedro falou de sua reaproximação da moda nacional:

Folha - Por que decidiu fazer uma coleção resort?
Pedro Lourenço - Pela oportunidade de criar um luxo mais vendável.Trata-se de um tipo de coleção que faz parte dos negócios das maiores grifes do mundo, mas que o Brasil não conhece bem.

As coleções resort são uma boa solução para o Brasil?
Sim, mas é preciso organização. Graças à minha equipe [de 20 pessoas], dou conta de coleção para a Daslu, da resort, de desfile em Paris, coleção para a Riachuelo [sua linha, lançada neste ano, está no segundo lote], apresentação para clientes... Minha vida é trabalhar!

Como é a coleção?
É bem tropical. Tem araras, palmeiras, mas nada exagerado. Optei por tecidos leves, a maioria importado. Estou usando os tweeds da mesma empresa que faz os da Chanel. Do Brasil, usamos um tecido feito de látex, que é assado por índios numa lona e que vem da Amazônia.

Há poucos tecidos nacionais?
Infelizmente. É mais barato comprar minhas roupas lá fora do que no Brasil, porque trazer a matéria-prima para cá é caro e muito difícil.


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