São Paulo, segunda-feira, 13 de julho de 2009

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TELEVISÃO

crítica

"Um Corpo que Cai" reflete sobre o real e as aparências

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Não há como começar a semana melhor do que com "Um Corpo que Cai" (TCM, 23h55; 12 anos). Os jovens talvez não valorizem a oportunidade, já que o filme hoje aparece na TV paga, na aberta, em DVD.
Nem sempre foi assim. Este prodígio de Hitchcock, a horas tantas, não era visível. Vez por outra passava em Nova York ou na Cinemateca Francesa. Era preciso ter a sorte de estar lá e a sorte de ter sorte para vê-lo.
É talvez o maior momento de Hitch (com "Janela Indiscreta"). Nos dois filmes, o mestre inglês levou longe sua reflexão sobre a distância entre representação e verdade. Sobre o insano trabalho que consiste em, sob a capa da aparência, descobrir o real.
Problema maior se pensarmos que a aparência, aqui, coincide ponto por ponto com o real. Eis a tarefa a que James Stewart se dedica com paixão nesta obra-prima absoluta.


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