São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 2008

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"Penso a casa como um jardim", diz Nishizawa sobre projeto

DO ENVIADO ESPECIAL A KANAZAWA E TÓQUIO

Juntos no Sanaa, Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa continuam a realizar projetos em seus próprios escritórios -que, fisicamente, ficam no mesmo galpão em Tóquio, no bairro de Shinagawa, onde 25 arquitetos japoneses e de vários outros países trabalham.
A Residência Moriyama foi assinada apenas por Nishizawa, mas tem características que existem em vários projetos do Sanaa e de Sejima. Em Kamata, um bairro com predomínio de casario tradicional em Tóquio, Nishizawa desenhou nove módulos residenciais em branco e de linhas contemporâneas.
"Tentei explorar o local, criando blocos de formas diversas, mas com alturas que não fossem destoantes do entorno. Há um pátio central, bem livre. Criei ambientes abertos e fluidos", afirma ele. "Gosto de pensar a casa como um jardim, uma fusão dos dois espaços."
Essa integração com a natureza é um dos eixos do principal projeto do Sanaa atualmente, a construção de uma filial do Museu do Louvre em Lens, onde antes havia uma mina de carvão e com inauguração prevista para 2010. "Espalhamos as construções pelo terreno como se fossem barcos em um rio.
É como se um parque fizesse parte do museu", diz ele.

Kanazawa
O Museu de Arte Contemporânea do Século 21, em Kanazawa, cidade histórica a uma hora de vôo da capital Tóquio, tem levado mais visitantes à cidade, de acordo com o curador da instituição, Daisuke Murata.
"Com o tempo, percebemos que há mais visitas de turistas estrangeiros que tem incluído Kanazawa em sua rota por causa do museu", diz ele.
O projeto do Sanaa para o espaço foi premiado na Bienal de Arquitetura de Veneza, em 2004, e representa uma síntese do estilo do escritório. De formato circular e com quatro entradas, o prédio atrai um público bem diverso na cidade, que lota o anel de circulação comum do local, com livraria, biblioteca, auditório, salas de reunião e do setor educativo e espaços de descanso. As divisões são, em grande parte, de paredes de vidro.
No centro, ficam 11 galerias onde há obras permanentes de artistas como o norte-americano James Turrell. (MG)


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