São Paulo, sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"Fitas cassete e ondas curtas eram instrumentos de subversão"

DE SÃO PAULO

Está certo que "Another Brick in the Wall" é um dos clássicos das canções de protesto. Mas por que o Blurred Vision escolheu essa, e não outra, em meio a um gênero tão fértil?
"Bem, ela tem uma história profunda no Irã de 30 anos atrás. "The Wall" apareceu no mesmo ano em que se deu a Revolução Islâmica, e aquela canção se tornou uma antena para os jovens. Faz todo o sentido que tenha passado pelo teste do tempo para, ainda hoje, representar a luta contra o autoritarismo."
E qual era o papel da tecnologia à época? "Muitos dos protestos eram feitos por meio de transmissões de rádio em ondas curtas ou ainda por meio de fitas cassetes", cujo potencial subversivo era mais difícil de detectar à primeira vista, explica Sepp.
E hoje? "Nossa esperança é que as pessoas mudem seus métodos para lutar contra esse tipo de brutalidade e que armas e bombas deem lugar a iPhones e câmeras".
Mas transformar o personagem do professor em aiatolá -ambos como símbolo de opressão- não é ideologicamente perigoso?
"Quando Waters canta "Hey, teacher", isso se torna uma metáfora para nós, porque mulás e aiatolás também são professores. O que queremos dizer é que aqueles que estão acima de nós, que determinam o jeito como temos que viver, são nossos "professores"." (MFP)


Texto Anterior: Cronologia do caso Sakineh
Próximo Texto: Para cineasta, gesto de Lula por Sakineh é nobre, mas ingênuo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.