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Última Moda
VIVIAN WHITEMAN - ultima.moda@grupofolha.com.br
Na forma da lei
Senador norte-americano cria projeto de proteção à propriedade intelectual do design de moda para controlar cópias nos EUA
A indústria da moda dos
EUA está envolvida numa
grande polêmica gerada pelo
Ato de Proteção ao Design
Inovador e Prevenção contra
a Pirataria, que começou a
ser analisado pelo Congresso
americano nesta semana.
O projeto de lei, criado pelo senador Charles Schumer,
do Estado de Nova York, quer
dar aos designers de moda
propriedade intelectual sobre suas criações originais.
Cada novo modelo ficaria
protegido por um período de
três anos. "Se algum estilista
norte-americano tiver certeza de que sua peça foi copiada literalmente, inclusive por
redes de fast fashion, poderá
entrar com uma ação", diz
Alain Coblence, porta-voz do
CFDA (Conselho de Designers de Moda da América).
Redigido em parceria com
o CFDA e a AAFA (Associação Americana de Vestuário
e Calçados), o projeto de lei
prevê que apenas cópias
"substancialmente idênticas" serão proibidas por lei.
Os critérios dessa avaliação
(semelhanças de cor, tecido,
estampa, aviamentos etc.)
serão avaliados caso a caso.
Caso vire lei, as peças lançadas antes das novas determinações serão consideradas de domínio público. "Todas as criações de moda americana com data anterior à
aprovação ficariam liberadas", diz Coblence.
O projeto mantém a proteção à grife. Exemplo: uma loja poderia copiar uma camisa
clássica Ralph Lauren. Porém usar a etiqueta Ralph
Lauren nessa cópia é crime.
Nacionalidade à parte, releituras como as das linhas
criadas pelas grifes paulistanas 284 e Pop Up Store, por
exemplo, não seriam consideradas cópias. As duas marcas lançaram coleções com
réplicas de bolsas famosas
feitas em moletom.
A estilista Fernanda Justus, dona da Pop Up Store, recriou os famosos e desejados
modelos Alexa, da Mulberry,
e City, da Balenciaga.
A empresária afirma que
as peças não são cópias das
originais, pois, além de não
serem de couro, não têm todos os detalhes das parentes
estrangeiras. "É só um jeito
divertido de brincar com as
famosas "it-bags'", diz.
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