São Paulo, sexta-feira, 13 de agosto de 2010

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CRÍTICA AÇÃO

Filme tem elenco canastrão, muita pancadaria e trama frágil

ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nostálgico e previsível, "Os Mercenários" reúne astros anabolizados e envelhecidos em um filme de ação que procura emular produções dos anos 1980, como a série Rambo, também estrelada por Sylvester Stallone. Teve cenas filmadas no Rio.
Além do papel central, Stallone dirige o filme, que tem Mickey Rourke, Dolph Lundgren, Bruce Willis, Jason Statham, Jet Li e Arnold Schwarzenegger -este fazendo uma ponta em uma das melhores cenas, que tem ironia no lugar da violência. No programa, muito músculo, pancadaria, explosões e testosterona.

BRUCUTUS
A história é simples: um bando de mercenários, liderado por Barney Ross (Stallone), é contratado pela CIA para derrubar um ditador latino-americano que aterroriza a população de seu país (a imaginária ilha de Vilena) e está envolvido com a produção de cocaína.
Mas Ross fica indignado com as atrocidades do ditador e se comove com Sandra (Gisele Itié), a filha deste, que parece ser a única disposta a lutar contra a tirania. Fica tão sensibilizado que resolve trabalhar de graça, pela boa causa. E coloca seus brucutus para brigar.
Um punhado de homens aniquila um exército de 6.000 homens, façanha que provoca risos pela pretensão mirabolante.
A fragilidade do roteiro é outro mal: a narrativa avança penosamente, com um ritmo ditado pelas longas cenas de ação. Os atores, claro, não vão além da canastrice. Apenas para fanáticos.


OS MERCENÁRIOS

DIREÇÃO Sylvester Stallone
PRODUÇÃO EUA, 2010
ONDE nos cines Espaço Unibanco Pompeia, Bristol e circuito
CLASSIFICAÇÃO 16 anos
AVALIAÇÃO ruim




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