São Paulo, sexta-feira, 13 de agosto de 2010

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CRÍTICA AÇÃO

Longa centrado em efeitos ganha tom de fórmula matemática

História batida de "O Aprendiz de Feiticeiro" elenca elementos de sucesso de forma maquinal e inumana

RICARDO CALIL
CRÍTICO DA FOLHA

Há uma bela cena em "O Aprendiz de Feiticeiro", na qual o herói do filme, Dave (Jay Baruchel), tenta usar a magia para fazer uma faxina, mas vê os esfregões e baldes fugirem do seu controle.
É uma homenagem singela -repleta de efeitos especiais- à clássica sequência de Mickey em "Fantasia" (1940), reverência do presente ao passado da Disney. De resto, o filme deixa a sensação de ser um produto gerado inteiramente dentro de um computador.
Uma máquina capaz de pegar uma premissa já conhecida (a da relação entre jovem mágico e mentor), agregar a ela elementos de sucesso de diferentes fontes ("Harry Potter", "Pequenos Espiões") e transformar tudo em fórmula matemática.
O computador tem nome e RG: Jerry Bruckheimer ("Bad Boys", "Armageddon"), produtor conhecido por construir filmes em torno dos efeitos, nunca o contrário. Aqui, ele se junta novamente ao time de sucesso de "A Lenda do Tesouro Perdido": o diretor Jon Turteltaub e o ator Nicolas Cage.
Este interpreta Balthazar, feiticeiro que viaja no tempo à procura de um jovem capaz de derrotar o vilão Horvath (Alfred Molina) e as forças que pretendem destruir o mundo. Ele encontrará seu aprendiz no nerd Dave na Nova York do ano 2000.
Da história batida, Turteltaub extrai um produto que não pode ser tachado de incompetente. Pior, talvez seja classificável como inumano.


O APRENDIZ DE FEITICEIRO

DIREÇÃO Jon Turteltaub
PRODUÇÃO EUA, 2010
COM Nicolas Cage, Jay Baruchel
ONDE nos cines Bristol, Unibanco Pompeia, Kinoplex Itaim e circuito
CLASSIFICAÇÃO 10 anos
AVALIAÇÃO ruim




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