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CRÍTICA AÇÃO
Longa centrado em efeitos ganha tom de fórmula matemática
História batida de "O Aprendiz de Feiticeiro" elenca elementos de sucesso de forma maquinal e inumana
RICARDO CALIL
CRÍTICO DA FOLHA
Há uma bela cena em "O
Aprendiz de Feiticeiro", na
qual o herói do filme, Dave
(Jay Baruchel), tenta usar a
magia para fazer uma faxina,
mas vê os esfregões e baldes
fugirem do seu controle.
É uma homenagem singela -repleta de efeitos especiais- à clássica sequência
de Mickey em "Fantasia"
(1940), reverência do presente ao passado da Disney.
De resto, o filme deixa a
sensação de ser um produto
gerado inteiramente dentro
de um computador.
Uma máquina capaz de
pegar uma premissa já conhecida (a da relação entre
jovem mágico e mentor),
agregar a ela elementos de
sucesso de diferentes fontes
("Harry Potter", "Pequenos
Espiões") e transformar tudo
em fórmula matemática.
O computador tem nome e
RG: Jerry Bruckheimer ("Bad
Boys", "Armageddon"), produtor conhecido por construir filmes em torno dos efeitos, nunca o contrário.
Aqui, ele se junta novamente ao time de sucesso de
"A Lenda do Tesouro Perdido": o diretor Jon Turteltaub
e o ator Nicolas Cage.
Este interpreta Balthazar,
feiticeiro que viaja no tempo
à procura de um jovem capaz
de derrotar o vilão Horvath
(Alfred Molina) e as forças
que pretendem destruir o
mundo. Ele encontrará seu
aprendiz no nerd Dave na
Nova York do ano 2000.
Da história batida, Turteltaub extrai um produto que
não pode ser tachado de incompetente. Pior, talvez seja
classificável como inumano.
O APRENDIZ DE FEITICEIRO
DIREÇÃO Jon Turteltaub
PRODUÇÃO EUA, 2010
COM Nicolas Cage, Jay Baruchel
ONDE nos cines Bristol, Unibanco
Pompeia, Kinoplex Itaim e circuito
CLASSIFICAÇÃO 10 anos
AVALIAÇÃO ruim
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