|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Cineasta Claude Chabrol morre aos 80
Com Jean-Luc Godard, François Truffaut e Eric Rohmer, francês foi um dos principais nomes da nouvelle vague
Presidente Sarkozy e atores premiados como Isabelle Huppert e Gérard Depardieu lamentaram a morte
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
Morreu ontem, em Paris,
aos 80 anos, o cineasta francês Claude Chabrol. Eva Simonet, assessora do diretor,
disse que ele estava internado com "anemia severa".
Chabrol é considerado um
dos diretores centrais do movimento cinematográfico conhecido como nouvelle vague, que renovou o cinema
francês e do qual também fizeram parte Jean-Luc Godard, François Truffaut
(1932-1984) e Eric Rohmer,
morto em janeiro deste ano.
O primeiro filme de Chabrol, "Nas Garras do Vício"
("Le Beau Serge"), de 1958, é
apontado como um dos marcos iniciais do movimento.
Antes, entre 1953 e 1957, foi
crítico da revista francesa
"Cahiers du Cinéma". Autor
de mais de 80 filmes, Chabrol
tinha como principal tema a
crítica à burguesia.
Admirador do cinema
americano e de Alfred Hitchcock, ficou famoso por longas policiais e de suspense,
como "O Açougueiro" (1970).
"Você não faz um filme para expressar suas ideias. Vocês faz um filme para distrair
as pessoas, talvez para fazê-las pensar", disse em 2004.
O filme "Bellamy" (2009),
em que Gérard Depardieu interpreta o papel-título, foi
sua última produção.
PIADAS
O presidente francês Nicolas Sarkozy citou, ontem,
dois grandes nomes da literatura francesa para descrever
o cineasta. Disse que Chabrol
herdou a habilidade de Balzac (1799-1850) nas suas representações sociais e o humor e vivacidade de François
Rabelais (1483-1553).
Para o diretor da Cinemateca Francesa, Serge Toubiana, o cineasta era malicioso.
"Chabrol amava piadas e fazer piadas", disse Toubiana.
A atriz Isabelle Huppert,
musa do cineasta, falou sobre sua relação com o diretor.
"Ele me filmou de certa forma como se eu fosse sua filha. Não me filmou como um
objeto de desejo."
Para Depardieu, "Claude
era a própria alegria de viver". "Ele nunca falava sobre
a morte. Para mim, ele só não
atende mais o telefone, mas
está em todos os lugares".
FOLHA.com
Leia a repercussão sobre a morte de Chabrol
www.folha.com/102554
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Opinião: Diretor francês fazia análises demolidoras da burguesia Índice | Comunicar Erros
|