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Crítica
O pecado mora ao lado e se chama Marilyn
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Talvez por superstição, ninguém preparou nada de especial para esta sexta-feira, 13, e,
se há algum filme de terror programado, está na média de
qualquer outro dia.
Vamos, então, ao pólo oposto: a comédia. De longe, a mais
animadora de hoje é "O Pecado Mora ao Lado" (TCM,
22h), em que Tom Ewell vive a
crise de sete anos de casamento, quando topa com Marilyn
Monroe, uma vizinha ocasional, no exato momento em que
sua mulher resolve sair de férias com o filho.
Tenho a impressão de que a
crise poderia ser de cinco anos
ou de três meses. Marilyn entra
em cena exibindo todos os dotes de sedutora que a tornaram
famosa, entre os vulgares e os
invulgares, para perturbar o
homem.
Mais do que tudo, o que parece comovê-lo é o que comove
qualquer outro espectador:
uma maneira de ser sensual
que para ela parece de todo
inocente, mas não evita que use
seus decotes e pratique seu famoso rebolado.
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