São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 2008

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TELEVISÃO

Crítica

Filme de Sirk soa como exercício ambientalista

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Seria bom reencontrar na TV uma série de filmes de Douglas Sirk, como aconteceu há alguns anos no então Telecine Classic. Na falta, ficamos mesmo no conta-gotas: uma coisa aqui, outra ali e, com maior freqüência, "Palavras ao Vento" (TCM, 22h; classificação indicativa não informada).
É uma dessas histórias do petróleo, da gente que enriqueceu no Texas com sua descoberta. Enriqueceu absurdamente, a ponto de sucumbir à própria fortuna, como aconteceu com os irmãos Robert Stack e Dorothy Malone.
Só um escapa desse destino: Rock Hudson. Como em outros filmes de Sirk, é o homem ligado à natureza, que -por influência do pai-, não a macula.
É bem estranho que este filme, 50 anos depois, nos apareça como um exercício ambientalista, colocando o enfrentamento natureza vs. petróleo. É uma questão cada vez mais atual. Sirk era alemão. Daí esse viés romântico tão acentuado em seus filmes, em que a civilização industrial é sempre essa mácula que nos contamina.


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