São Paulo, sexta, 14 de fevereiro de 1997.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ERIKA PALOMINO
Noite Ilustrada


SAUDADES de Noite Ilustrada? Siiiiiim! Pois acompanhe por aqui os melhores momentos desta temporada de férias, mais os destaques para a semana sob os estrobos da cidade. Babado...

ALIÁS a palavra babado volta a ser usada de novo na noite. Tipo um comentário, sempre com tom de reticências e cara de semi-espanto.

MAS vamos ao babado propriamente dito, em si. Do Carnaval na cidade, vale ressaltar o sucesso do segundo Carnaval do Bas-Fond, na rua Lisboa. Entupido de bichas de todos os tipos. O hype era o camarote da sempre-fofa Lea Bastos, com descolados da cena clubber. Outro bom momento foram as entrevistas de Rogeria na Manchete, na entrada do Scala Gay -já também um clássico. O ápice foi a que reuniu a superfofa Cacá di Polly e Laura de Vison

ENTRE as novidades da cena em São Paulo está a festa LoveGalaktica. Que já é polêmica e tem sua segunda edição este mês. Todo mundo foi, mas só quem se divertiu mesmo foram os mauricinhos. A tese de house e tecno para a massa funcionou apenas para os (muitos) outsiders que foram ao Florestta naquela noite. Na real, é como diz aquela t-shirt da ``Time Out'' americana (já viu?): ``Welcome to New York; now leave''. O DJ Afrika Islam impressionou pela ausência de preconceitos de gênero, mas a alemã Marusha nos subestimou, achando que ainda estávamos na pré-história clubber.

O fundamento chill-in agora é oficial. Todo sábado, a partir de 3h, o povo faz hora para ir ao Hell's no The Cube. A porta fecha e entra em ação uma door-policy do Bem. O Cube agora tem como gerente Oscar Bueno, ex-Third World.

UM importante advento da temporada Minhas Férias é a noite Boutique, que acontece às quintas no clube Katz. Os fundamentos estão todos lá, junto com Johnny Luxo como promoter e o DJ Felipe Venancio como residente. O clima é saudável e divertido, recuperando um espírito há muito ausente da noite em São Paulo: desencanado, sem carão, com glamour e muito modelo. A festa da semana que vem tem como mimo os convites cabide, aproveitando a temporada de moda. Não perca.

AGORA babado mesmo foi o Carnaval do Rio, para onde foi todo mundo que estava podendo. A Banda de Ipanema foi uma graça, com Edu Gantous em modelo irreconhecível. Na avenida, entre as escolas, a que saiu com maior número de personagens da cena foi a Beija Flor, graças ao carnavalesco Milton Cunha. Tudo: o samba com funk da Beija-Flor. A praia no posto 9 era uma coisa indescritível. Tinha tanta gente que o povo chegava a ficar praticamente dentro d'água pra garantir seu espaço.

E este verão no Rio decretou nova onda: que maconha e apito nada; houve quem tomasse Ecstasy para dourar ao sol de Ipanema. E Beth Lago foi a madrinha informal da Banda, acenando para os fãs do apartamento do estilista Claudio Gomes, na Viera Souto, com Guilherme Linhares e Gisele Zelauy.

O domingo acorda. Vem aí a noite gay semanal do clube B.A.S.E, com estréia dia 3 de março, tendo o multiman Cacá Ribeiro como promoter. Do lado do underground, tem a nova noite da DJ Andrea Gram -quem inventou o Clube Alien, num teatro da cidade ainda em segredo.
PREPARE-SE: O bonitón trash Renato Cohen (ex-Disk Putas) se apresenta esta semana no Hell's. Amanhã tem também festa no casarão da Paulista, com decoração do EQ de Alessandro Tierni, mais som de Mau Mau e Renato Lopes.

NÃO tem pra mais ninguém. O verão no Rio é de Fabinho Demente. Suas festas no pier são antológicas.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright 1996 Empresa Folha da Manhã