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São Paulo, sexta-feira, 14 de fevereiro de 2003

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"NAVIO FANTASMA"

Efeitos reais demais chegam a ser risíveis

DO CRÍTICO DA FOLHA

Criadores de filmes de horror "gore" (que fazem questão de mostrar sangue e tripas) parecem alimentar entre si uma competição de mortes horríveis. A cada novo produto do gênero a imaginação das equipes se supera, inventando formas chocantes de dar cabo de seus personagens e criando efeitos mais sofisticados para tornar essas mortes "concretas". Há gosto para tudo, enfim.
O problema do "gore" é que quanto mais realista o efeito, menos convincente ele é. Não raro, a intenção de ser nojento é tão exagerada que causa risos em vez de horror. Assim, não assume o lado humorístico e ganha toques pretensiosos e roteiro confuso (caso de "Navio Fantasma"), excluindo possibilidades de diversão.
O diretor Steve Beck, que já havia exercitado (mal) o gênero em "13 Fantasmas", bate na mesma tecla. Gabriel Byrne ("Ajuste Final") e Julianna Margulies (de "Plantão Médico") são líderes de uma equipe de resgate que busca um tesouro num velho transatlântico, há anos desaparecido.
O filme apresenta um prólogo de fato aterrorizante com mortes de fato horrendas (que tal casais que dançam de rosto colado partidos ao meio por um cabo de aço?). Um começo de visual estranho e estilizado, que se torna só um filme chato, tão confuso que é difícil entender seu fiapo de história. (PEDRO BUTCHER)


Navio Fantasma
Ghost Ship
 
Direção: Steve Beck
Produção: EUA/Austrália, 2002
Com: Gabriel Byrne, Julianna Margulies e Ron Eldard
Quando: a partir de hoje nos cines Interlagos 3, Metrô Tatuapé 4 e circuito



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