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COPIÃO
Diretoria da Ancine racha em público
SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL
Com um entrevero verbal em
público, Gustavo Dahl e João da
Silveira, ambos diretores da
Agência Nacional do Cinema,
deixaram claro que estão em lados opostos.
Internamente, os dois vinham
discordando em questões que
dizem respeito ao poder da Ancine, como a definição dos métodos para aprovar projetos e fiscalizar o mercado.
O debate se deu no Congresso
Brasileiro de Cinema, anteontem, em Brasília. Estavam lá cineastas, produtores, distribuidores e exibidores -a indústria
do cinema que a agência tem a
missão de gerir.
Foi uma disputa anunciada.
Silveira, que dirige o escritório
da Ancine em Brasília (diferentemente de Dahl, que comanda
a agência no Rio), publicou domingo no "Correio Braziliense":
"Essa agência encontra-se dividida entre aqueles que a querem no Rio de Janeiro e os que a querem em Brasília, entre outros que a querem monocrática
e fechada e os que a querem colegiada e aberta".
Dahl entendeu que a provocação merecia resposta e diante do
mundo do cinema. Defendeu-se no debate. Ou mordeu a isca ou
achou que calar seria consentir.
ROTA BRASIL 1
Entre novembro de 2002 e o
último dia 3, um total de 38
profissionais e/ou equipes
estrangeiros foram
autorizados pela Agência
Nacional do Cinema a filmar
no Brasil. São produções da
Alemanha, Argentina, Áustria,
Canadá, Dinamarca, Egito,
Estados Unidos, Inglaterra,
Itália, Japão, Noruega e
México.
ROTA BRASIL 2
Os trabalhos dos estrangeiros
aqui se dividem em 18
documentários, dez
videoclipes, oito filmes
publicitários, um longa de
ficção (da Áustria) e uma
mixagem.
O PÚBLICO DE "DEUS"...
A Columbia estima que
"Deus É Brasileiro", de Cacá
Diegues, fará 1,2 milhão de
espectadores. O filme chegou a
381 mil no segundo fim de
semana. 2003 não começaria
mal se a segunda estréia
nacional (a primeira foi
"Separações") já ultrapassasse
a marca de 1 milhão. Em 2002,
apenas dois filmes romperam
essa barreira -"Cidade de
Deus" e "Xuxa e os Duendes".
...E A RECOMPENSA DE CACÁ
Mesmo antes da aceitação do
público, Cacá Diegues já estava
bem com "Deus...". "Esse filme
é um vento fresco. Depois de
dois bronzes ["Tieta" e "Orfeu"], fiz uma aquarela."
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