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Monstro Discos impulsiona a cena independente goiana com rock
BRUNO YUTAKA SAITO
DA REDAÇÃO
O "monstro" cresceu. Nome
goiano que completa uma espécie
de santíssima trindade do cenário
indie brasileiro, ao lado da Bizarre
(SP) e Midsummer Madness (RJ),
o selo Monstro Discos prova que
o rock underground tem vida fora
do eixo RJ-SP. É, à sua maneira, o
alternativo do alternativo.
O Estado viu, em 1994, a primeira edição do Goiânia Noise Festival, organizado por dois promoters/músicos locais, Leo Bigode e
Márcio Jr. O evento, que este ano
vai para sua nona edição, foi crescendo aos poucos, impulsionando a criação de uma cena local. O
suficiente para que, cinco anos
depois, seu público também começasse a criar seus projetos. Entre eles, o mais ativo foi Fabrício
Nobre, que montou o festival Bananada, a banda MQN e um selo.
Não demorou para que as iniciativas fossem fundidas e surgisse o selo Monstro, que capitaneia
todas essas atividades locais. A última edição do Noise Festival reuniu, segundo seus organizadores,
3.000 pessoas em três dias de festa. Ao total, tocaram 36 bandas, 15
delas goianas.
Essa ampla produção pode ser
conferida no catálogo que o selo
começa a montar em esquema
mais profissional, com EPs de
bandas de estilos distintos como
rockabilly (Sapatos Bicolores);
hardcore (Prole) e indie/punk
(Hang the Superstars e Mechanics). HTS, que lembra bandas
como Babies in Toyland e Butthole Surfers, e o Mechanics, que paga tributo a Andy Warhol, David
Bowie e T. Rex, são exemplares do
espírito da maioria das bandas do
selo, calcado no rock norte-americano dos anos 70 e 90.
HANG THE SUPERSTARS, SAPATOS
BICOLORES, MECHANICS, PROLE.
Lançamentos: Monstro Discos
(contato@monstrodiscos.com.br).
Quanto: R$ 13,50, em média (EPs).
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