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Crítica
Em outras mãos "Johnny & June" renderia mais
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
"Johnny & June" (Telecine
Pipoca, 22h) é um filme característico de James Mangold.
Não tem força nenhuma, e toda
sua habilidade consiste em encaminhar a história da melhor
maneira possível, sem grandes
idéias.
No entanto, o filme primeiro
tem a escora de uma boa história: Johnny Cash passa anos e
anos cortejando obsessivamente June Carter. Há o lado
musical, que segura a onda de
todo modo e o fato de os envolvidos serem nomes famosos da
música americana.
Mais do que isso, o que segura de fato o filme são os intérpretes. Joaquin Phoenix faz
um Johnny permanentemente
tocado pela dor, mesmo antes
de se afundar na autodestruição mais evidente. Reese Witherspoon, ao contrário, constrói sua June com enorme
energia e disposição para a vida.
Talvez seja mesmo um casal
perfeito, em termos de complemento, o que contribui para o
bem-sucedido filme que, em
outras mãos, renderia muito
mais.
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