São Paulo, quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

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Crítica

"A Um Passo..." impõe momentos de monotonia

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Nunca morri de amores por "A Um Passo da Eternidade" (TCM, 22h), que é, no entanto, um filme muito decente. Decente, mas, vamos convir, quase um padrão de academismo, onde tudo existe para tornar mais enfático o que virá depois que o filme termina: a guerra.
Para demonstrar suas convicções antibélicas, Fred Zinnemann nos impõe momentos e momentos de monotonia, é preciso admitir. No entanto, no meio disso tudo, constrói uma teia de relações bem sedutoras, que devem muito ao roteiro, cuja culminância é o famoso beijo na praia entre Burt Lancaster, o sargento, e Deborah Kerr, a mulher do oficial clichê-de-durão.
É uma cena bem dos anos 50. Uma mulher casada estar com outro homem era traição e ponto. Deborah terá vencido mil barreiras, a poder de desejo, para se entregar a Burt. Ele correrá muitos riscos por ela. A prova disso tudo parece vir do mar, da onda, da espuma que parece abraçar os amantes como se fosse seu fado. Um momento de antologia.


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