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Concorrência é "comemorada" pela L&PM
DA REPORTAGEM LOCAL
Mudanças no slogan da
L&PM Pockets -"A maior coleção de livros de bolso do Brasil"- estão fora de cogitação
no curto, no médio e também
no longo prazo. A afirmação é
do editor da casa gaúcha, Ivan
Pinheiro Machado.
Responsável pela experiência
mais bem-sucedida no segmento na história editorial brasileira, o editor "comemora" a
chegada de companhias de
grande porte no setor de bolso.
"Antes, quando me perguntavam por que eu usava o termo "maior coleção de livros de
bolso do Brasil" se praticamente ninguém mais atuava no segmento, eu tinha de citar algumas editoras nanicas. Agora
vou poder dizer que somos
maiores do que a Companhia e
a Record", ironiza.
Pinheiro Machado diz que a
editora, que com sua versão
"bolso" de "Dom Quixote" ultrapassou recentemente a marca dos 400 títulos, está engajada
no projeto "rumo ao milésimo
livro de bolso".
Segundo ele, quase 5 milhões
de pockets já foram vendidos
desde que a L&PM, empresa
de mais de 30 anos, lançou-se
na empreitada, em 1997.
O editor afirma que o preconceito foi, e continua sendo
em pequena escala, o maior
inimigo da venda do pocket no
Brasil. "No primeiríssimo momento o preconceito era generalizado. Autores importantes
não queriam seus livros em formato de bolso, livrarias não
queriam vender os exemplares
mais baratos, a imprensa os
tratava como produtos menores e assim por diante. Vencemos todos os preconceitos,
menos o da imprensa."
Segundo ele, a imprensa não
consegue assimilar, por exemplo, a informação de que apenas 30% dos títulos de sua coleção de bolso é de clássicos em
domínio público (que não paga
direitos autorais). "Acham que
só publico obras gratuitas."
Um dos títulos fora da faixa
"domínio público" é o novo
"xodó" da série, o volume "On
the Road", do "beat" Jack Kerouac.
(CEM)
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