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Formato "reencarna" best-sellers
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto a L&PM vem trabalhando quase que exclusivamente
com livros de bolso, a Companhia
das Letras entra no segmento seguindo o modelo internacional de
fazer do pocket a "segunda vida"
de um livro.
Todos os cinco títulos que a editora imprime na primeira fornada
da Companhia de Bolso, e os demais já programados, tiveram
edições anteriores em formato
convencional. O quinteto inicial
também tem em comum o sucesso de vendas em sua primeira encarnação, com títulos que já chegaram a 550 mil exemplares.
As semelhanças param aí. A série da Companhia das Letras, como a da concorrente gaúcha, engloba todos os gêneros literários.
No primeiro pacote, por exemplo,
estão um romance, de José Saramago, um volume de poesia, de
Vinicius de Moraes, um pocket de
filosofia, de Nietzsche, e dois relatos não-ficcionais, de Drauzio Varella e de Amyr Klink.
Nos próximos lançamentos, o
"blend" será mantido. Ficção, de
nomes como Italo Calvino, Erico
Verissimo e Moacyr Scliar; não-ficção, como o ensaio "O Queijo e
os Vermes", de Carlo Guinzburg.
"Estamos publicando obras que
já saíram há algum tempo, com
um intervalo maior do que o usado no mercado americano, que já
está acostumado com isso", diz
Luiz Schwarcz, da Companhia,
em referência ao fluxo natural de
um lançamento nos EUA: sai em
capa dura e depois de um ano é
publicado em versão brochura.
A escolha de que títulos do catálogo convencional devem ser passados para a versão mais econômica é, segundo Carlos Augusto
Lacerda, o "xis da questão". "Se
eu publico a versão pocket de um
clássico como "Viva o Povo Brasileiro", de João Ubaldo, ninguém
compra mais a original. É preciso
ter cautela para não perder", diz o
editor da Nova Fronteira. Ainda
assim, ele diz que tem "desejo ardente" de intensificar suas operações no formato de bolso.
(CEM)
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