São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 2011

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"Velozes e Furiosos 5" destaca Rio corrupto e irreconhecível

Boa parte do longa, que estreia aqui em maio, foi rodada em Porto Rico

MARCELO BORTOLOTI
DO RIO

Na sequência do lançamento da animação "Rio", de Carlos Saldanha, que trouxe uma visão romantizada da capital carioca, outra leitura da cidade emerge em "Velozes e Furiosos 5", mais uma produção de Hollywood que se passa no Rio, e que tem pré-estreia mundial amanhã.
Desta vez, a cidade, onde se refugia a gangue liderada pelo fortão Vin Diesel -que protagoniza e produz o filme-, é lugar de crime e corrupção policial.
Em tese, não seria propriamente um defeito. O problema é que, se até o filme de Saldanha, um brasileiro, traz alguma descaracterização da cidade, a produção dirigida por Justin Lin, é inverossímil para o público nacional.
O tráfico de drogas, gerido por um cartel, tem mais semelhanças com o modelo mexicano. O elenco fala português mal. E as locações não são reconhecíveis.
Isso porque a maior parte da produção foi rodada em Porto Rico. As filmagens no Rio duraram apenas uma semana. "Originalmente, queríamos filmar tudo no Rio, mas, quando chegamos aqui, entendemos que seria preciso fechar muitas ruas, parar o trânsito, e ficou impossível", disse a um grupo de jornalistas o produtor Neal Moritz.
Diesel afirmou que a escolha do Rio como tema da produção se deve ao interesse despertado pela cidade no público mundial. E que o objetivo não foi exibir as mazelas cariocas, mas contar a história de um capitalista que explora uma favela, o que é passível de acontecer em qualquer país.
"Quando fizemos o último filme, na República Dominicana, o turismo lá subiu 80%. Vamos ver o que acontece no Rio", disse.
"Velozes e Furiosos 5" chega no dia 29 aos EUA e tem estreia prevista para 6 de maio no Brasil.


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