|
Texto Anterior | Índice
Exposição dá auxílio a ianomâmis
DO ENVIADO A PARIS
Apesar do enfoque estético da mostra, Davi Kopenawa, xamã e porta-voz dos ianomâmis, vê nela um segundo objetivo: "Com a exposição, podemos ganhar visibilidade", disse à Folha.
A exposição é, de fato, uma
afirmação da cultura ianomâmi, pois não foi organizada apenas numa única via,
constituindo-se numa parceria inédita da Fundação
Cartier.
"Como contrapartida, estamos financiando um projeto de educação, e uma das
obras dos artistas utiliza mapas do território ianomâmi
feitos por satélite e que foram cedidos aos índios. Eles
poderão saber onde há ocupações irregulares e invasões", conta Hervé Chandè.
A tradição ianomâmi,
aqui, serve como moeda de
troca. "Se não fosse assim,
seria indecente. É um diálogo real", diz Bruce Albert.
(FC)
Texto Anterior: Metafísica dos Xamãs Índice
|