São Paulo, segunda-feira, 14 de maio de 2007

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Polícia cerca o público no desagravo à Virada Cultural

Após tumulto, 400 policiais militares, 100 membros da Guarda Metropolitana e 200 seguranças particulares vigiam shows no centro de São Paulo

Alceu Valença, Karnak, Zimbo Trio, Teatro Mágico, Skowa e Pato Fu fizeram ontem apresentações tranqüilas na praça da Sé

DA REPORTAGEM LOCAL

Foi no meio de um cerco de 140 revólveres que um público flutuante estimado entre 10 mil (segundo a PM) e 15 mil (segundo a organização) acompanhou as atrações do show de desagravo à Virada Cultural, ontem na praça da Sé (São Paulo).
Os 140 policiais contavam ainda com o apoio de outros 260 PMs circulando, além de 100 membros da Guarda Civil Metropolitana e de 200 seguranças particulares.
Na madrugada de domingo passado, quando houve quebra-quebra no show dos Racionais MC's, eram 200 PMs. "O aumento ocorreu porque antes havia 22 eventos. Dessa vez, é um só", justificou o major Corrêa Leite. O hiperpoliciamento garantiu uma festa tranqüila até as 22h30, quando já haviam se apresentado Karnak, Zimbo Trio, Alceu Valença, Pato Fu, Skowa e Teatro Mágico.
"Esse novo show é para marcar posição. Não podemos queimar a praça da Sé. Para impedir a estigmatização, improvisamos essa festa. Porque a outra frustrou", disse o secretário municipal da Cultura, Carlos Augusto Calil. Programada para sábado, a festa foi transferida para o domingo após comerciantes da região reclamarem por causa do movimento do Dia das Mães.
Das dez atrações programadas para ontem, três deixaram de se apresentar no domingo passado: Troupe Djembedon, Karnak e Skowa e a Máfia. As restantes se ofereceram para ajudar. "Estão dando uma canja para a gente, cobrando cachês simbólicos", afirmou Calil.
Alceu Valença, que havia aberto a programação da Virada Cultural, voltou ao palco às 18h. Os Racionais e seu líder, Mano Brown, apontado pela PM como instigador do conflito da semana passada, não foram escalados. Mas compareceram de certa forma. Ao lado do palco, na esquina da praça da Sé com a rua Benjamin Constant, uma pichação solitária no alto de um prédio dava o recado de um fã: "Descupa Brown".


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