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CRÍTICA POP
Kate Nash arrisca e vai da psicodelia à new wave
Aos 22 anos, cantora inglesa lança segundo disco e mostra-se madura
THIAGO NEY
DE SÃO PAULO
A inglesa Kate Nash apareceu para o mundo pop em
2007, na esteira do sucesso
da conterrânea Lily Allen.
Duas cantoras criadas via
YouTube, MySpace, redes sociais. Muitos perguntavam se
elas iriam durar. Duraram.
Enquanto Allen curte férias após o lançamento de
dois discos, Nash reaparece
no noticiário com seu segundo álbum, "My Best Friend Is
You", que sai, por enquanto,
apenas no exterior.
Nash surgiu em momento
em que a indústria, motivada
por Allen e Amy Winehouse,
estava atrás de vozes femininas. Assim vieram também
Duffy e Adele, entre outras.
Se no início Nash se apoiava num pop simples, até singelo, para acompanhar suas
letras irônicas, em "My Best
Friend Is You" ela -ainda
bem- arrisca mais.
Chamou para produzir o
CD Bernard Butler (ex-Suede). Ele coloca sobre canções
como "Do-Wah-Doo", "Kiss
that Girl" e "I've Got a Secret"
pitadas de psicodelismo, de
soul e de new wave. Diferentemente do primeiro, "My
Best Friend..." soa maduro
-no bom sentido.
Maturidade é o que não
encontramos no Crystal Castles, dupla canadense de
electro-rock. A música do
duo era propositalmente primal, inconsequente. Tudo
por meio de sintetizadores
rápidos e violentos.
O tempo está no passado
porque no segundo disco
(homônimo) eles, felizmente, ampliam um pouco o foco. Canções como "Celestica" e "Baptism" formam uma
paisagem menos brutal,
mais sutil, detalhista.
Se Kate Nash e Crystal Castles chegam com sucesso ao
segundo álbum, o quarteto
americano The Drums posiciona-se como uma das boas
surpresas do ano no pop.
O primeiro disco, homônimo, guarda canções que vão
da energia roqueira, da urgência pós-punk, ao puro divertimento radiofônico, como em "Down By the Water".
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