São Paulo, quarta-feira, 14 de julho de 2004

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Grupos ganham espaço próprio

DA REPORTAGEM LOCAL

Permaneceu a idéia que Rio Preto adotou no ano passado, de destinar um espaço da cidade à ocupação de um grupo para mostrar seu repertório.
Em 2003, foi o Cemitério de Automóveis (SP). Agora, é a vez do grupo Os Satyros (SP e PR). De quebra, o público tem a chance de acompanhar os quatro segmentos de "Os Sertões", o épico de Euclydes da Cunha sobre o qual o Oficina Uzyna Uzona está trabalhando desde 2000.
A organização reproduziu o teatro Oficina, do Bexiga, numa antiga fábrica de Rio Preto. Trata-se da mesma recepção que o projeto monumental de Zé Celso (com cerca de 60 artistas) teve na Alemanha, em maio passado, a convite do festival Ruhrfestspiele.
Serão apresentadas "A Terra", "O Homem 1", "O Homem 2" e a estréia nacional da quarta parte de "Os Sertões", "A Luta".
Do repertório dos Satyros, serão encenadas pelo diretor Rodolfo García Vázquez "De Profundis", de Oscar Wilde; "A Filosofia na Alcova", de Sade; e "Kaspar".
O curador do festival, Ricardo Fernandes, diz se guiar pelo conceito cultural e geográfico de Américas, que às vezes se expande "para outros lados". Estão programadas 62 peças e 116 apresentações em 23 espaços da cidade.
Segundo Renata Salvador, do Sesc-Rio Preto, que assina a coordenação geral do evento ao lado de Jorge Vermelho (Secretaria Municipal de Cultura), até ontem haviam sido vendidos 88% dos ingressos. A estimativa é atrair cerca de 160 mil espectadores. O orçamento é de R$ 1,1 milhão.


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