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Grupos ganham espaço próprio
DA REPORTAGEM LOCAL
Permaneceu a idéia que Rio
Preto adotou no ano passado, de
destinar um espaço da cidade à
ocupação de um grupo para mostrar seu repertório.
Em 2003, foi o Cemitério de Automóveis (SP). Agora, é a vez do
grupo Os Satyros (SP e PR). De
quebra, o público tem a chance de
acompanhar os quatro segmentos de "Os Sertões", o épico de
Euclydes da Cunha sobre o qual o
Oficina Uzyna Uzona está trabalhando desde 2000.
A organização reproduziu o teatro Oficina, do Bexiga, numa antiga fábrica de Rio Preto. Trata-se
da mesma recepção que o projeto
monumental de Zé Celso (com
cerca de 60 artistas) teve na Alemanha, em maio passado, a convite do festival Ruhrfestspiele.
Serão apresentadas "A Terra",
"O Homem 1", "O Homem 2" e a
estréia nacional da quarta parte
de "Os Sertões", "A Luta".
Do repertório dos Satyros, serão
encenadas pelo diretor Rodolfo
García Vázquez "De Profundis",
de Oscar Wilde; "A Filosofia na
Alcova", de Sade; e "Kaspar".
O curador do festival, Ricardo
Fernandes, diz se guiar pelo conceito cultural e geográfico de
Américas, que às vezes se expande "para outros lados". Estão programadas 62 peças e 116 apresentações em 23 espaços da cidade.
Segundo Renata Salvador, do
Sesc-Rio Preto, que assina a coordenação geral do evento ao lado
de Jorge Vermelho (Secretaria
Municipal de Cultura), até ontem
haviam sido vendidos 88% dos
ingressos. A estimativa é atrair
cerca de 160 mil espectadores. O
orçamento é de R$ 1,1 milhão.
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