DA REPORTAGEM LOCAL

Se Leilah Moreno é a nossa Beyoncé, Cynthia Mendes faz um estilo mais cool, mas não menos pop, que a torna uma aspirante a Macy Gray, pelo visual, e Lauryn Hill, por suas influências musicais. Ao contrário de Leilah, MC Cindy, não é uma cantora. É uma rimadora.
"Cindy é de "Cinderela da rima'", explica a moça. "Isso começou a pegar na minha região porque os caras falavam que quando eu rimava, me transformava: virava "a mina"."
A região é o bairro do Grajaú, na zona sul de São Paulo, onde Cindy estreou fazendo freestyle (improvisação ao vivo) em festas na escola e competições de MCs. Foi assim que ela se integrou ao movimento hip hop e passou a fazer shows em boates como Lotus e Rose Bom Bom.
"Eles [os clubes] sempre chamaram MCs no "style" hip hop ou cantoras lindas, no padrão Beyoncé", lembra Cindy. "Quando ficaram sabendo que tinha uma mina fazendo rima, acharam muito legal e começaram a me convidar."
De clube em clube, Cindy ficou conhecida e foi chamada para os testes de "Antonia". Do longa, foi parar na Universal.
Seu disco, que sai em setembro, é de rap pop. "Faço hip hop, mas quero que seja brasileiro, não americanizado", diz.
Sobre estar no "pacote Beyoncé", Cindy é enfática: "Não tenho medo da forma como eles vão me vender, porque já sei o que quero ser. Se tentarem me vender totalmente no padrão Beyoncé, não vão conseguir, porque não sou a Beyoncé. Sou a Cindy." (AFS)


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