São Paulo, domingo, 14 de agosto de 2005

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Programa monta delivery de cavalo

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Há pouco mais de cinco anos o empresário carioca Alexandre Todeschini, 33, resolveu levar para a TV os leilões de gado e cavalos que promovia Brasil afora. Comprou espaço no Canal Rural (35 da Net) e fez oito leilões no primeiro ano.
"No começo temi que os criadores se recusassem a comprar só pela imagem", diz ele.
Mas o sucesso foi tão grande que hoje os leilões são diários, das 20h30 à 0h, e o negócio já envolve avestruzes e caprinos, deixando a agenda do canal lotada até o fim de 2006.
"Vendemos cerca de 50 animais por dia, e o faturamento gira em torno de R$ 1 milhão por leilão", diz Todeschini, que paga R$ 38 mil por programa ao canal, ao explicar que participam simultaneamente telespectadores e pessoas que estão no próprio local do evento.
A raça nelore é a preferida, e o maior lance chegou a R$ 1 milhão, no começo deste ano. "O telespectador compra em média 25% dos animais e colabora para aumentar a disputa", afirma.
O retorno de audiência do Canal Rural é medido pelas ligações para o 0800: em julho foram 15.043 telefonemas.

Sem devolução
A administradora do haras Juliana, em Campo Limpo Paulista, Eliane de Almeida Garcia, 34, comprou seu primeiro cavalo manga-larga no Canal Rural e não parou mais.
"Pela TV você tem que confiar em quem vende o animal, já que a devolução não é permitida", diz ela. "Mas a grande vantagem é comprar sem sair de casa."
Segundo Kleber Moura, 49, diretor do canal, Eliane é exceção. Pesquisa da Associação Brasileira de Marketing Rural, realizada em janeiro de 2005, mostrou que o público do canal é 90% masculino, além de estar no interior e captar a programação por antena parabólica.
"O leilão é a nossa novela", diz Moura. (FD)

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