São Paulo, terça-feira, 14 de agosto de 2007

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Crítica

"Famíla Rodante" cria síntese de país modesto

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Podemos ver em "Família Rodante" (TC Cult, 22h) a evocação da "História Real", de David Lynch.
São ambos filmes, no mais, que não se importam de andar próximos do clichê, mas do qual escapam, alegremente.
No filme de Pablo Trapero, uma família desloca-se em um trailer, atravessando a Argentina para o casamento de um (ou uma) parente.
A viagem de "História Real", sabemos, é solitária. Esta, ao contrário, é coletiva: uma festa pequeno-burguesa onde há vivacidade, pobreza, perversão, alegria e desencantos.
Enfim, pode-se pensar no filme como tentativa de síntese de um país latino-americano e modesto.
Mas o que está na imagem, concretamente, é mesmo uma família, um grupo de pessoas onde se cruzam afetos, desafetos, belezas e feiúras. Enfim, Trapero consegue criar um grupo simples, porém vivo, de pessoas. Parece fácil.
Ainda hoje passam curtas de Humberto Mauro (Canal Brasil, 17h).


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