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Sindicatos lançam "Salve a TV Cultura"
Movimento é reação a mudanças propostas pelo presidente João Sayad para a emissora
DE SÃO PAULO
As diretorias dos sindicatos dos jornalistas e dos radialistas de SP lançaram na
quinta à noite, em reunião de
que participaram cem pessoas, o movimento "Salve a
Rádio e a TV Cultura".
É a primeira tentativa de
reação às mudanças que
João Sayad, presidente da
Fundação Padre Anchieta
(mantenedora da Cultura),
pretende implantar. Sayad já
anunciou o término do programa "Manos e Minas" e do
"Login", focados em jovens.
Para a diretora do sindicato dos jornalistas, Rose Nogueira, o movimento "não visa apenas defender o emprego dos funcionários da emissora, ameaçados de demissão em massa, mas também
defender um patrimônio cultural do povo paulista".
Sayad assegurou anteontem a representantes dos radialistas e dos jornalistas que
não tem a intenção de demitir 1.400 funcionários, como
chegou a ser veiculado.
Segundo o presidente da
Fundação Padre Anchieta, as
dispensas devem atingir no
máximo 450 trabalhadores
responsáveis pela realização
de programas que a Cultura
prepara para veiculação na
TV Justiça e TV Assembleia,
entre outros -e que não serão mais produzidos pela
emissora.
Aos sindicalistas, Sayad
disse que essas demissões
devem acontecer até dezembro deste ano.
"Nós, funcionários da Cultura, não somos os responsáveis pelo caos financeiro a
que os 16 anos de gestão tucana levaram a fundação",
disse uma jornalista da emissora. Ela atuava no programa
"Manos e Minas".
"Temos que discutir o que
deve ser uma TV pública. O
Sayad já disse que quer fechar várias unidades de produção de programas e passar
a comprar conteúdos de produtoras independentes. Para
isso não é preciso uma TV
Cultura. Basta uma antena",
disse o presidente do sindicato dos jornalistas, José Augusto de Oliveira Camargo.
(LAURA CAPRIGLIONE)
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