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GRANDE PRÊMIO BR
Filmes de 2001 são premiados durante cerimônia em que Academia Brasileira oficializou sua criação
"Bicho de Sete Cabeças" leva sete troféus
ENVIADA ESPECIAL AO RIO
Premiando em retrospectiva a
produção brasileira de 2001, o GP
BR de Cinema consagrou "Bicho
de Sete Cabeças", de Laís Bodanzki, que recebeu sete troféus; sublinhou o apuro técnico da superprodução "O Xangô de Baker
Street", de Miguel Faria Jr, com
três prêmios; e deu a "Lavoura
Arcaica", de Luiz Fernando Carvalho, um reconhecimento muito
aquém de seus méritos -o filme
venceu apenas duas das 13 categorias em que concorreu.
A cerimônia realizada no Theatro Municipal do Rio, anteontem,
oficializou a criação da Academia
Brasileira de Cinema, com 360
membros, que formam o colégio
eleitoral do Grande Prêmio.
Festa
Iniciativa patrocinada pela BR
Distribuidora e liderada por seu
ex-presidente, Luiz Antônio Viana (hoje executivo da Net), a Academia nasceu clássica: fez uma
festa formal e respeitosíssima à
memória do cinema brasileiro.
Daniel Filho, em nome da Globo Filmes, recebeu o Prêmio Homenagem Especial Parceria Cinema Televisão. "Agradeço inclusive o adiantado do prêmio, porque
acho que ainda falta bastante para
realmente unirmos os braços." A
parceria pela qual foi premiado
ainda está em formação.
A afirmação do valor nacional
teve seu ponto máximo no anúncio de melhor filme estrangeiro.
Com uma embolada, o músico
Castanha apresentou os concorrentes e, na hora de ler o vencedor, avisou: "Se vier palavra americana eu não sei falar não". Deu o
mexicano "Amores Brutos".
Aplaudidíssimos, ambos.
O presidente da BR, Julio Bueno, disse que a empresa terá investido, "até 2003, R$ 100 milhões
no cinema brasileiro, patrocinando 200 filmes". O investimento da
BR é por meio de renúncia fiscal.
"É importante dizer que isso é
dentro do contexto do governo
FHC", acrescentou Bueno.
(SILVANA ARANTES)
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