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FILMES
O Pequeno Unicórnio
Globo, 15h40.
(The Little Unicorn). EUA, 1999, 92 min.
Direção: Paul Matthews. Com Joe Penny,
Britney Bomann. Para desespero da
pequena órfã Polly, sua égua de
estimação morre após dar à luz. Mas, boa
surpresa: ela deu à luz um unicórnio.
Show Bar
SBT, 22h30.
(Coyote Ugly). EUA, 2000, 100 min.
Direção: David McNally. Com Piper
Perabo, John Goodman, Maria Bello.
Querendo tornar-se compositora
famosa, garota do interior vai para Nova
York, onde trabalha como dançarina em
bar que, pela beleza de suas dançarinas,
logo se torna célebre.
Intercine
Globo, 1h35.
Dois inéditos disputam o direito de
passar na terça: "A Carta Anônima"
(1999, de Peter Chan, com Kate
Capshaw, Ellen DeGeneres) e "Santos
Justiceiros" (1999, de Troy Duffy, com
Willem Dafoe, Norman Reedus).
Lone Star - Estrela Solitária
SBT, 3h.
(Lone Star). EUA, 1995, 135 min. Direção:
John Sayles. Com Chris Cooper, Francis
McDormand, Ron Canada. Ao investigar
caso de uma ossada que aparece numa
cidadezinha do Texas, xerife descobre
que seu venerado pai não era tão herói
quanto se podia imaginar. Sayles, que
não é bobo, aproveita o fato de a ação se
passar numa cidade fronteiriça para
abordar os conflitos entre americanos e
mexicanos. Só para São Paulo.
A Mosca 2
Globo, 3h30.
(The Fly 2). EUA, 1989, 105 min. Direção:
Chris Walas. Com Eric Stoltz, Daphne
Zuniga. O filho do Mosca aqui cresce na
pessoa de Eric Stoltz. E, enquanto um
cientista sinistro planeja criar uma raça
de supermoscas, ele se apaixona por
Daphne Zuniga.
(IA)
Um inédito de Godard
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Podemos até ficar de
acordo. Muitas coisas em
Godard são chatas, ele não
concede um milímetro ao
prazer irresponsável de espectador que qualquer um
às vezes quer ter, ele se nega
a narrar uma história, exige
um estado de alerta permanente, incompatível com a
visão de um filme etc.
Mas vejamos a coisa por
outro ângulo. Como não há
histórias, nem algo muito linear ocorrendo, nossa atenção pode se dispersar e retornar que tudo ainda funciona perfeitamente. E, se
entendermos só um pouco
do que diz, já valerá mais do
que 20 filmes comuns.
Por fim, quem se sente desorientado pode lembrar
que, em Godard, a atualidade é sempre uma âncora segura. No caso de "Elogio ao
Amor" (HBO, 22h) fala-se
da falência do Estado. E que
filme já tocou no assunto?
Coragem. Vamos nessa.
SÉRIES
Pós-11 de Setembro move novas ficções
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DA REDAÇÃO
Tendo em vista que o 11 de Setembro americano foi em 2001,
até que levou algum tempo para
os produtores desenvolverem séries de ação a partir do clima de
paranóia que a Doutrina Bush
instalou desde então. Duas novas
séries que estréiam hoje no canal
AXN -"Threat Matrix" e "Line
of Fire"- partem desse cenário.
"Line of Fire" é trivial: mostra o
FBI lutando contra a máfia. Tanto
os agentes federais quanto os criminosos seguem à risca os estereótipos do gênero. Para piorar, a
ligação com o 11 de Setembro é
piegas: uma trainee, recém-saída
da academia do FBI, entrou no
trabalho para cumprir um juramento que fez ao marido, morto
no atentado ao Pentágono.
"Threat Matrix" é mais elaborada. Produzida pela Dreamworks,
mostra um grupo especial de
combate ao terrorismo, o Departamento de Segurança Nacional,
que reúne os melhores membros
do FBI, CIA e NSA.
A série, apesar de alguma patriotada e do ranço politicamente
correto, levanta algumas discussões válidas. Em um diálogo entre
um traficante suíço e uma agente
especial americana, esta o acusa
de não se preocupar com a vida
humana, e a resposta vem na lata:
por que os americanos, tão afeitos
a bombardeios (agora preventivos), não atacam os campos de
papoula asiáticos? Porque há interesse -comercial, dentre outros- na entrada de drogas.
Dessa discussão deriva uma hipótese crível: os terroristas conseguem adentrar os EUA, mesmo
no clima de paranóia supervigiada, porque seguem os caminhos
das drogas. Como diz o traficante,
"as drogas sempre entram."
Para justificar a superequipe e
toda a vigilância, a série apresenta
terroristas (da Al Qaeda, claro) à
altura: com manobras elaboradíssimas e técnicas impensáveis, como uma cirurgia plástica capaz de
deixar um árabe com cara de típico americano de classe média.
A paranóia está no ar, e foi captada pelas antenas e satélites.
THREAT MATRIX E LINE OF FIRE.
Quando: hoje, às 20h e 21h, no AXN.
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