São Paulo, terça-feira, 14 de setembro de 2004

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FILMES

O Pequeno Unicórnio
Globo, 15h40.
 
(The Little Unicorn). EUA, 1999, 92 min. Direção: Paul Matthews. Com Joe Penny, Britney Bomann. Para desespero da pequena órfã Polly, sua égua de estimação morre após dar à luz. Mas, boa surpresa: ela deu à luz um unicórnio.

Show Bar
SBT, 22h30.
 
(Coyote Ugly). EUA, 2000, 100 min. Direção: David McNally. Com Piper Perabo, John Goodman, Maria Bello. Querendo tornar-se compositora famosa, garota do interior vai para Nova York, onde trabalha como dançarina em bar que, pela beleza de suas dançarinas, logo se torna célebre.

Intercine
Globo, 1h35.

Dois inéditos disputam o direito de passar na terça: "A Carta Anônima" (1999, de Peter Chan, com Kate Capshaw, Ellen DeGeneres) e "Santos Justiceiros" (1999, de Troy Duffy, com Willem Dafoe, Norman Reedus).

Lone Star - Estrela Solitária
SBT, 3h.
   
(Lone Star). EUA, 1995, 135 min. Direção: John Sayles. Com Chris Cooper, Francis McDormand, Ron Canada. Ao investigar caso de uma ossada que aparece numa cidadezinha do Texas, xerife descobre que seu venerado pai não era tão herói quanto se podia imaginar. Sayles, que não é bobo, aproveita o fato de a ação se passar numa cidade fronteiriça para abordar os conflitos entre americanos e mexicanos. Só para São Paulo.

A Mosca 2
Globo, 3h30.
 
(The Fly 2). EUA, 1989, 105 min. Direção: Chris Walas. Com Eric Stoltz, Daphne Zuniga. O filho do Mosca aqui cresce na pessoa de Eric Stoltz. E, enquanto um cientista sinistro planeja criar uma raça de supermoscas, ele se apaixona por Daphne Zuniga. (IA)

Um inédito de Godard

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Podemos até ficar de acordo. Muitas coisas em Godard são chatas, ele não concede um milímetro ao prazer irresponsável de espectador que qualquer um às vezes quer ter, ele se nega a narrar uma história, exige um estado de alerta permanente, incompatível com a visão de um filme etc.
Mas vejamos a coisa por outro ângulo. Como não há histórias, nem algo muito linear ocorrendo, nossa atenção pode se dispersar e retornar que tudo ainda funciona perfeitamente. E, se entendermos só um pouco do que diz, já valerá mais do que 20 filmes comuns.
Por fim, quem se sente desorientado pode lembrar que, em Godard, a atualidade é sempre uma âncora segura. No caso de "Elogio ao Amor" (HBO, 22h) fala-se da falência do Estado. E que filme já tocou no assunto? Coragem. Vamos nessa.

SÉRIES

Pós-11 de Setembro move novas ficções

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DA REDAÇÃO

Tendo em vista que o 11 de Setembro americano foi em 2001, até que levou algum tempo para os produtores desenvolverem séries de ação a partir do clima de paranóia que a Doutrina Bush instalou desde então. Duas novas séries que estréiam hoje no canal AXN -"Threat Matrix" e "Line of Fire"- partem desse cenário.
"Line of Fire" é trivial: mostra o FBI lutando contra a máfia. Tanto os agentes federais quanto os criminosos seguem à risca os estereótipos do gênero. Para piorar, a ligação com o 11 de Setembro é piegas: uma trainee, recém-saída da academia do FBI, entrou no trabalho para cumprir um juramento que fez ao marido, morto no atentado ao Pentágono.
"Threat Matrix" é mais elaborada. Produzida pela Dreamworks, mostra um grupo especial de combate ao terrorismo, o Departamento de Segurança Nacional, que reúne os melhores membros do FBI, CIA e NSA.
A série, apesar de alguma patriotada e do ranço politicamente correto, levanta algumas discussões válidas. Em um diálogo entre um traficante suíço e uma agente especial americana, esta o acusa de não se preocupar com a vida humana, e a resposta vem na lata: por que os americanos, tão afeitos a bombardeios (agora preventivos), não atacam os campos de papoula asiáticos? Porque há interesse -comercial, dentre outros- na entrada de drogas.
Dessa discussão deriva uma hipótese crível: os terroristas conseguem adentrar os EUA, mesmo no clima de paranóia supervigiada, porque seguem os caminhos das drogas. Como diz o traficante, "as drogas sempre entram."
Para justificar a superequipe e toda a vigilância, a série apresenta terroristas (da Al Qaeda, claro) à altura: com manobras elaboradíssimas e técnicas impensáveis, como uma cirurgia plástica capaz de deixar um árabe com cara de típico americano de classe média.
A paranóia está no ar, e foi captada pelas antenas e satélites.


THREAT MATRIX E LINE OF FIRE. Quando: hoje, às 20h e 21h, no AXN.


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