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SAIBA MAIS
Exposição é referência para artistas e críticos
DA REPORTAGEM LOCAL
Criada em 1955, pelo pintor e professor Arnold Bode,
a primeira Documenta foi
uma mostra paralela a uma
grande exposição de jardinagem, na cidade de Kassel,
que se localiza no centro da
Alemanha. "Foi um evento
organizado para servir de
modelo didático, após o período nazista, que condenava a arte moderna", diz o
atual curador da Documenta, Roger Buergel.
Com isso, a primeira Documenta, que ocorreu no
Museu Fridericianum, ainda
em ruínas após a 2ª Guerra
Mundial, era uma resposta à
exposição Arte Degenerada,
organizada por Hitler. Dela,
tomaram parte artistas de
todas as correntes importantes do início do século 20.
Apesar de não ter sido
criada para ser uma mostra
periódica, o sucesso da primeira edição levou Bode a
organizar uma segunda edição, em 1959, então dedicada
à arte do pós-guerra, dando
início à institucionalização
da Documenta.
Foi em 1972, com a escolha
do suíço Harald Szeeman,
que a Documenta, em sua
quinta edição, muda de formato, deixando de ser uma
mostra dedicada a trabalhos
representativos para ser organizada a partir de um eixo
temático, o que dá início à
era da mão forte dos curadores nas grandes mostras. É
nesse momento que a mostra passa a ter grande prestígio internacional, exercendo
um olhar prospectivo e não
mais retrospectivo, como
era feito até então.
Desde então, a Documenta
passou a ser realizada a cada
cinco anos, sendo a única exposição na qual curadores
têm ao menos quatro anos
de tempo de preparação.
Com isso, a mostra tem servido como referência para a
produção artística e crítica,
como foi o caso, especialmente, das últimas três edições: em 1992, com o belga
Jan Hoet, em 1997, com a
francesa Catherine David, e
em 2002, com o nigeriano
Okwui Enwezor, que levou a
mostra a seu recorde de público, com 650 mil visitantes.
(FCY)
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