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"Vanguarda" de direita abriu espaço no jornalismo brasileiro
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma nova "vanguarda" tem
caracterizado a intervenção intelectual no jornalismo brasileiro em anos recentes -e ela é
de direita.
As idéias que geram debate e
reações apaixonadas de apoio
ou contestação partem de colunistas e intelectuais que podem
ser caracterizados como liberais, de direita ou conservadores -mas que se unem na crítica ao capitalismo "manco" brasileiro e à longa hegemonia de
valores de esquerda no debate
político e cultural no país.
De certa forma, a Ilustrada
participou desse processo. O
jornal contribuiu, nos anos 80,
para despolitizar a cultura e o
entretenimento e a tendência
de simpatia, gerada no regime
militar, por obras e artistas de
inclinação esquerdista. Procurou separar apreciações estéticas de valores políticos.
Isso no período final da
Guerra Fria. Com a queda do
Muro de Berlim, uma nova hegemonia liberal instalou-se,
primeiro, no pensamento econômico. Enquanto o mercado
do país se abria, e se distanciava no tempo a ditadura militar,
tornou-se possível associar a
esquerda à defesa de um ideário "ultrapassado" e, até, defensor de "privilégios".
(RC)
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