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Piraquê diz que tentou evitar um "samba do crioulo doido"
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando decidiram mexer
nas embalagens, diretores da
Piraquê já esperavam uma reação polêmica "por parte das
pessoas mais tradicionais".
Mas foram adiante com a
ideia, instruindo os designers
que atualizaram o projeto de
Lygia Pape, dos anos 60, a "fazer a alteração mais sutil possível", nas palavras do diretor da
empresa, Alexandre Colombo.
"A gente não matou o trabalho que a Lygia Pape fez", resume. "Tentamos preservar ao
máximo o que ela criou, mas fazer ao mesmo tempo com que
as embalagens se falassem."
Colombo diz que, como Pape
fez só algumas das embalagens
e novos produtos foram lançados com projetos de outros designers, os biscoitos não tinham uma unidade visual na
gôndola do supermercado.
"Tinha produtos clássicos e
outros mais novos com formatos diferentes", diz Colombo.
"Era o samba do crioulo doido."
Outras marcas
Procurada pela reportagem,
a Coqueiro não conseguiu localizar ninguém da empresa para
comentar a mudança no desenho de Alexandre Wollner para
suas latas de sardinha.
A Pepsi não retornou pedidos de entrevista da reportagem, e a Varig, sob administração da Gol, também não pôde
localizar um responsável.
(SM)
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