São Paulo, segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

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Crítica

Lang e Capra mostram o outro lado do homem

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Fritz Lang chegou aos EUA com tudo. Sua primeira direção logo após emigrar da Alemanha nazista, "Fúria" (TCM, 1h50), é uma crítica mordaz à irracionalidade do homem. Não o americano, mas o ser humano de modo geral.
Neste filme que passa em horário em que se faz necessário um videocassete, Spencer Tracy é equivocadamente acusado de um crime que não cometeu, e a população quer assumir o bastão da Justiça. Uma situação um bocado forte para ser vista em 1936.
Lang, ainda que fosse um tanto servil às ordens dos produtores, jamais deixou de nos apresentar personagens que atropelam a moral para seguir em frente com seus impulsos (sexuais e destrutivos). Talvez Hollywood quisesse invadir esse terreno proibido.
Tanto que, em 1944, o chapa-branca Frank Capra faria a brilhante comédia de humor negro "Esse Mundo É um Hospício" (TCM, 16h30), na qual duas velhinhas assassinam viúvos tristes para que eles tenham alegria no céu.


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