São Paulo, sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

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TELEVISÃO

Crítica

"Perdas e Danos" condena amor entre amantes

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apesar de contemporâneo e de até fazer, tortuosamente ou não, um cinema relativamente moderno, o cineasta Louis Malle nada tinha a ver com a nouvelle vague francesa.
Além da falta de afinidades pessoais e mentais, o fato é que, entre acertos como "Trinta Anos Esta Noite" (1963) e desastres como "Pretty Baby" (1978), sempre houve uma abordagem sensacionalista que torna moralista o que deveria ser um tema moral.
Um exemplo está em "Perdas e Danos" (TC Cult, 18h10, 16 anos), de 1990. Mal filmado à beça, mas inegavelmente uma história forte, fala sobre pai (Jeremy Irons) e nora (Juliette Binoche) que se apaixonam loucamente e mergulham num romance clandestino.
Malle escolhe o aspecto desairoso, jamais a beleza da situação, que estaria nesse encontro extraordinário de vontades gêmeas, entre dois seres que, antes de tudo, são homem e mulher no exercício da vida. Os amantes são condenados e poderiam estar num filme de Adrian Lyne ("Atração Fatal"). Jamais num de Eric Rohmer.


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