São Paulo, sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

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Com arritmia, José Celso Martinez vai colocar marcapasso

Diretor teatral pede recursos à União

DA REPORTAGEM LOCAL

O diretor teatral José Celso Martinez Corrêa, 72, líder do grupo Oficina, tem arritmia cardíaca e será submetido a uma operação para a colocação de um marcapasso entre hoje e amanhã, no hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
O encenador deu entrada na unidade no último domingo, após desmaiar duas vezes durante uma viagem de férias a Parnaíba (PI). Exames neurológicos não detectaram qualquer alteração, mas os médicos diagnosticaram um quadro de bradicardia (quando há diminuição da frequência cardíaca).
Um boletim médico divulgado ontem à tarde informou que o paciente estava na Unidade Crítica Cardiológica do hospital e que seu quadro era estável.
Se tudo correr bem na cirurgia, o diretor deve receber alta em dois ou três dias. O seu tratamento terá prosseguimento com remédios.
Em seu quarto, Corrêa recebeu ontem as visitas do ator Renato Borghi, cofundador do Oficina, e da diretora de cinema e teatro Monique Gardenberg. À noite, fez uma sessão de RPG (reeducação postural global).
Procurado pela Folha, o diretor não quis dar entrevista.
No site do Oficina, há um apelo para que a União custeie a operação. O texto diz:
"Neste momento em que o governo federal decreta o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos, tocando em diversos tabus de nossa nacionalidade, inclusive buscando punir aqueles que durante a ditadura militar cometeram crimes contra a humanidade da magnitude de torturas e assassinatos e que ficaram encobertos pela lei de anistia, Zé Celso acredita que seu corpo, dos poucos dentre os artistas que foram torturados, deva receber do Estado a anistia dessa cirurgia complicada de implantação do marcapasso."
Corrêa tem um histórico de problemas cardíacos. Em 1994, sofreu um infarto agudo. Cinco anos depois, foi internado com fortes dores no peito e fez um cateterismo. Ficou em observação por dois dias. Em 2006, voltou a ser hospitalizado pelo mesmo motivo.
Segundo o assessor pessoal de Corrêa, Valério Peguini, a programação do Oficina para este semestre prevê viagens com uma mostra de repertório na mala.


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