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Com arritmia, José Celso Martinez vai colocar marcapasso
Diretor teatral pede recursos à União
DA REPORTAGEM LOCAL
O diretor teatral José Celso
Martinez Corrêa, 72, líder do
grupo Oficina, tem arritmia
cardíaca e será submetido a
uma operação para a colocação
de um marcapasso entre hoje e
amanhã, no hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
O encenador deu entrada na
unidade no último domingo,
após desmaiar duas vezes durante uma viagem de férias a
Parnaíba (PI). Exames neurológicos não detectaram qualquer alteração, mas os médicos
diagnosticaram um quadro de
bradicardia (quando há diminuição da frequência cardíaca).
Um boletim médico divulgado ontem à tarde informou que
o paciente estava na Unidade
Crítica Cardiológica do hospital e que seu quadro era estável.
Se tudo correr bem na cirurgia, o diretor deve receber alta
em dois ou três dias. O seu tratamento terá prosseguimento
com remédios.
Em seu quarto, Corrêa recebeu ontem as visitas do ator Renato Borghi, cofundador do
Oficina, e da diretora de cinema
e teatro Monique Gardenberg.
À noite, fez uma sessão de RPG
(reeducação postural global).
Procurado pela Folha, o diretor não quis dar entrevista.
No site do Oficina, há um
apelo para que a União custeie
a operação. O texto diz:
"Neste momento em que o
governo federal decreta o 3º
Plano Nacional de Direitos Humanos, tocando em diversos
tabus de nossa nacionalidade,
inclusive buscando punir aqueles que durante a ditadura militar cometeram crimes contra a
humanidade da magnitude de
torturas e assassinatos e que ficaram encobertos pela lei de
anistia, Zé Celso acredita que
seu corpo, dos poucos dentre
os artistas que foram torturados, deva receber do Estado a
anistia dessa cirurgia complicada de implantação do marcapasso."
Corrêa tem um histórico de
problemas cardíacos. Em 1994,
sofreu um infarto agudo. Cinco
anos depois, foi internado com
fortes dores no peito e fez um
cateterismo. Ficou em observação por dois dias. Em 2006,
voltou a ser hospitalizado pelo
mesmo motivo.
Segundo o assessor pessoal
de Corrêa, Valério Peguini, a
programação do Oficina para
este semestre prevê viagens
com uma mostra de repertório
na mala.
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