Cinco álbuns consolidam o violão como instrumento-símbolo da música brasileira

EDUARDO AGNI


CARLOS CALADO
especial para a Folha

Dos cinco violonistas que acabam de chegar às lojas, Eduardo Agni é o mais jovem. "Um Outro Silêncio", segundo álbum desse paulista, confirma-o como uma promissora revelação.
Além da originalidade de suas composições, o que logo chama a atenção é a sonoridade de seu violão. Agni é um adepto da técnica da dupla digitação, popularizada pelo norte-americano Stanley Jordan nos anos 80.
Em vez de tocar o violão da maneira convencional, Agni prefere percutir as cordas na região do braço do instrumento, utilizando os dedos das duas mãos, simultaneamente.
Desse modo, em composições como "Borum" e "Brilho", ele consegue superposições de acordes impossíveis de alcançar com a técnica tradicional. Em outras faixas, como "Um Outro Silêncio II", produz outras sonoridades, tangendo as cordas com um arco de violino ou uma vareta.
Claro que nenhuma técnica tem valor sem um sentido musical, mas isso Agni demonstra que possui de sobra.

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