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"Não estou sabendo", diz Britto
TEREZA NOVAES
DA REPORTAGEM LOCAL
O artista brasileiro Romero
Britto, 42, afirmou ontem à tarde
não saber que seu nome consta na
lista de testemunhas de defesa do
cantor Michael Jackson.
"Não sei onde você escutou isso,
mas eu não estou sabendo", disse
em entrevista por telefone de
Miami, nos EUA, onde vive.
"Eu conheço [Michael Jackson],
mas realmente não estou sabendo
disso [do depoimento]."
Segundo Britto, nenhum advogado do pop star entrou em contato para convocá-lo.
"Se eles me chamarem, é para
falar o quê? Eu não sei de nada."
O artista disse que, caso seja
chamado, vai comparecer ao tribunal: "Eu moro aqui nos EUA, se
for intimado, é claro que eu vou".
Britto acredita na inocência de
Jackson. "Eu imagino que [ele]
não [seja culpado]. É um cara
muito inteligente, muito talentoso." Sem esconder sua simpatia
pelo cantor, o brasileiro afirmou
que "adoraria poder ajudá-lo".
"Ele admira meu trabalho, tem
quadros meus. Eu gosto da arte
dele, ele gosta da minha arte", disse Britto, que presenteou o cantor
com um retrato.
"Ele é um grande artista, espero
que isso passe em breve para ele
continuar fazendo a música fantástica dele."
O brasileiro já esteve no rancho
Neverland, durante um evento
em 13 de setembro de 2003. De
acordo com ele, as crianças que
estavam lá eram apenas os filhos
do cantor. Na ocasião, o pintor foi
homenageado pelo trabalho que
realizou para a capa do álbum
"What More Can I Give?" (O que
mais posso dar?).
O single traz a composição de
mesmo nome, assinada por Jackson, nas vozes de artistas como
N'Sync, Celine Dion, Mariah Carey, entre outros.
Mais de 700 pessoas estiveram
na festa em Neverland, cujos ingressos custavam até US$ 5.000
(R$ 13 mil) e davam direito a um
passeio pelo lugar e jantar, além
de brindes assinados por Britto.
Parte da renda arrecada (US$
1.000, R$ 2.600, de cada ingresso
vendido) deveria ser revertida para três entidades de caridade: Make-a-Wish Foundation, Oneness
e a brasileira E Aí Como É que Fica?, que tem sede na favela da Rocinha, no Rio.
Chinelos
Pernambucano, Britto vive nos
EUA desde 1989. Suas pinturas de
cores vibrantes e formatos geométricos hoje estampam cerâmicas, roupas e chinelos. Na loja que
mantém na rua Oscar Freire, nos
Jardins, em SP, um quadro original custa de R$ 4.500 (19 cm x 14
cm) a R$ 57 mil (94 cm x 182 cm).
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