|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bebida
Austrália produz bons vinhos com a uva syrah
JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA
Após a uva cabernet sauvignon, clássico coringa etílico que se aninha (e brilha)
nos mais diversos cantos do
planeta, a syrah parece ser a
nova coqueluche do Novo
Mundo, onde países como o
Chile começam a elaborar
com ela alguns grandes tintos. O maior impulso para a
sua ascensão pode ser atribuído aos australianos.
Oriunda do Rhône, no leste de França, acredita-se que
a cepa tenha chegado à Austrália em 1832. Lá ganhou
novo nome, shiraz, e, nas últimas décadas, nova fama
graças a enólogos que modelaram com ela vinhos de um
frutado exuberante (e bem
temperados com carvalho)
que acabaram conquistando
até o seu berço original, a
Europa - principal destino
dos goles australianos.
Por aqui, têm freqüentemente preços injustificados,
mas, para quem quiser provar um desses belos shiraz
mais em conta, há duas sugestões. Uma é o First Step
2004, da Step Rd -vinícola
de Langhorne Creek, ao sudeste da cidade de Adelaide.
Tem aroma e sabor atraente
(cerejas, eucalipto), macio
em boca (86/100, R$ 39,80,
Wine Company, tel. 0800-770-8020).
A outra é o Shiraz 2005 da
Hope Estate, adega do Hunter Valley, norte de Sydney,
um tinto potente, marcado
por fruta (groselhas) e madeira (baunilha, tabaco), um
pouco tânico, mas com bom
balanço e acidez, bela escolta
para um cordeiro grelhado
(88/ 100, R$ 75, KMM, tel
0/xx/ 11/3819-4020).
BOM E BARATO
SUGESTÃO ATÉ R$ 40
TOMERO SEMILLON-CHARDONNAY 2004
Avaliação: 85/100
Bom para: frutos do
mar, queijos como o brie
ou camembert
Preço: R$ 32, na Grand
Cru, tel. 0/ xx/11/3062-6388
CORTE EQUILIBRADO
A uva semillon (pena que
apareça pouco no mercado)
faz rica parceria com a chardonnay neste branco de bom
corpo da adega argentina
Vistalba.
Texto Anterior: Música: Saem datas do Aerosmith e Evanescence no Brasil Próximo Texto: Crítica: Em ambiente suntuoso, Porto Rubaiyat homenageia pescados dos mares e rios Índice
|