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RELIGIÃO
Série trata do papel político de João Paulo 2º
RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL
Não é preciso ser católico para
respeitar a figura do papa João
Paulo 2º, o polonês Karol Józef
Wojtyla (1920-2005). Ele foi o primeiro papa não-italiano desde o
século 16, e seu longo pontificado,
de quase 27 anos, teve grande influência nos eventos mundiais do
último quarto do século 20.
A minissérie em dois episódios
trata com respeito um dos papas
mais carismáticos da história recente, mas não chega a ser uma
hagiografia total. João Paulo 2º está em processo de canonização; a
série não trata de seus supostos
milagres, mas sim de seu papel
terreno, eminentemente político.
Com Jon Voight no papel do papa mais velho e Cary Elwes representando o jovem Wojtyla, a história começa em 1º de setembro
de 1939, quando os alemães invadem a Polônia. Os amigos do futuro papa procuram resistir aos
alemães com violência.
Wojtyla opta por se tornar padre e fazer um outro tipo de combate -o mesmo que faria depois,
ao resistir aos comunistas que tomaram o poder no seu país.
Wojtyla tem seu papel na história
assegurado por essa luta contra
dois dos totalitarismos que escravizaram o homem no séc. 20. Para
resistir ao nazismo e ao comunismo, sua resposta era fortalecer a
igreja e a fé de seus seguidores.
Há aspectos que teria sido interessante detalhar melhor. A inédita escolha de um papa polonês depois de séculos de papas italianos
não é explicada. Mais polêmico, e
pouco mencionado, foi o seu conservadorismo em temas sociais.
Mas é inegável que suas posições
mantiveram coerência com a
doutrina católica tradicional. Ele
deixava claro: ou você é católico e
segue o que a igreja define, ou é
outra coisa. Ninguém é obrigado
a ser católico.
Papa João Paulo 2º
Quando: hoje, às 22h (parte 1), e
amanhã, às 22h (parte 2), no canal MGM.
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