São Paulo, domingo, 15 de abril de 2007

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Da Vinci é o próximo livro da coleção

Terceiro volume da série Grandes Mestres da Pintura, sobre o gênio italiano, chega às bancas no próximo domingo, dia 22

Publicação apresenta uma biografia detalhada de cada artista e uma galeria, na qual são analisadas as obras mais importantes

DA REPORTAGEM LOCAL

Há exatamente 555 anos, no dia 15 de abril de 1452, nascia Leonardo, filho do tabelião Ser Piero com Caterina de Anchiano, na cidade de Vinci, na Itália. Desde então, Leonardo Da Vinci tornou-se sinônimo de genialidade, de uma maneira que poucas outras pessoas conseguiram, ao longo da história.
No próximo domingo, dia 22, Da Vinci é o tema do terceiro volume da Coleção Folha Grandes Mestres da Pintura, que começa a ser vendida hoje nas bancas, com o lançamento dos dois primeiros números, dedicados aos modernistas Vincent Van Gogh e Paul Cézanne -ambos podem ser adquiridos pelo preço de um volume, R$ 12,90. As publicações apresentam uma biografia detalhada de cada artista e uma galeria, na qual são analisadas cerca de 30 obras importantes.
Umas das vantagens iniciais de Da Vinci foi o apoio de seu pai à carreira, que pediu ao então importante pintor Andrea del Verrocchio que avaliasse os desenhos de seu filho. Admirado com a perfeição do traço, Verrocchio o aceitou em seu ateliê, um importante impulso ao ofício almejado por Da Vinci.
Com Verrocchio, o artista viajou a Veneza, em 1469, marco que constituiu experiência determinante no futuro de sua obra, pois foi lá que Da Vinci percebeu as qualidades ocultas das plantas, o movimento dos astros no firmamento e os elementos comuns de todos os seres vivos. Tal aprendizagem abriu as portas para o jovem, que não se dedicaria apenas à arte, mas acabaria exercendo grande papel também no campo das ciências.
Verrocchio decidiu parar de pintar quando Da Vinci colaborou em uma das obras, "Batismo de Cristo" (1472-1475), encomendada ao mestre, que percebeu que as partes realizadas pelo aprendiz eram superiores às dele. Tal pintura, analisada em profundidade na Galeria da Coleção Folha, marca o início do que se convencionou chamar de estilo Da Vinci.

Razão e ciência
Outra das vantagens de Da Vinci foi viver em Florença, o epicentro da transformação humanista, que definiu uma nova atitude diante de uma realidade que liquidava a crença medieval de que o destino do homem era determinado por leis divinas. O uso da razão e da ciência passou a ser o novo padrão de conduta, e Da Vinci iria aplicar em suas obras princípios inovadores para a representação da realidade, como o uso da perspectiva.
Também em Florença, Da Vinci aliou-se ao mecenas Lorenzo de Médici, importante mecenas que disputava poder com o Vaticano. Para ele, o artista criou uma série de desenhos de máquinas de guerra. Entretanto, o ambiente de conflito da cidade levou Da Vinci a migrar para Milão.
Foi lá que Da Vinci criou uma das obras mais importantes da história da arte, "A Última Ceia" (1495-1497), um mural para o refeitório dos padres dominicanos de Santa Maria delle Grazie. Sua importância está na aplicação da perspectiva, que cria um ambiente linear e estático da arquitetura do espaço, onde se desenvolve a cena, ao mesmo tempo em que apresenta os apóstolos e Jesus Cristo em uma situação de dinamismo e expressividade.


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