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CDs
Rock
Grace/Wastelands
PETER DOHERTY
Gravadora: EMI; Quanto: R$ 26; Avaliação: bom
Que Peter Doherty é malucão, a versão
masculina de Amy Winehouse, qualquer
um que navega em sites de notícias sabe. O espantoso é notar como o músico inglês de 30 anos ainda consegue gravar um disco espantosamente bom como este, seu primeiro solo. O lado mais punk de sua antiga (Libertines) e atual (Babyshambles)
bandas fica de lado; musicalmente, o disco tem uma pegada acústica,
"jazzy". A própria troca de nome (agora é Peter, e não Pete) revela
uma tentativa de ser levado a sério.
POR QUE OUVIR: Doherty não é um grande cantor, mas seu carisma,
aliado à notável produção de Stephen Street (que já trabalhou com
The Smiths e Blur), resulta em faixas surpreendentes, como a climática "Last of the English Roses" e a suingada "Palace of Bone".
(BRUNO YUTAKA SAITO)
Rock
ForFun
POLISENSO
Gravadora: independente; Quanto: R$ 30, em média;
Avaliação: regular
Para muita gente que cresceu nos anos
90, a banda norte-americana 311 teve
um forte impacto. Seus rocks temperados por grooves de reggae e funk com vocal explicitamente influenciado pelo hip hop servem de norte para os cariocas do ForFun neste terceiro disco. O hardcore californiano sem nuances de hits como "História de Verão" e "Hidropônica" praticamente desapareceu da equação
sonora do grupo. Viajandona, "Colírio" representa bem a nova fase.
POR QUE OUVIR: Se nenhuma faixa chega a encher os ouvidos, pelo
menos o ForFun não reza mais na cartilha de trocentas bandas inofensivas surgidas nos condomínios de classe média do Rio. A ambição de "Polisenso" coloca o grupo na condição de promissor.
(JOSÉ FLÁVIO JÚNIOR)
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