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Crítica
Paul Mazursky vê o fantasma da liberdade sexual
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
É muito bom, na descrição de
"Bob & Carol & Ted & Alice"
(TCM, 0h25, não indicado para
menores de 16 anos) do site
"All Movie Guide", o momento
em que observa que, neste filme, se vê como a "geração Eisenhower" reage à chamada revolução sexual do final dos
anos 60. Isto é, são aqueles que
não viveram da sexualidade,
até ali, senão o mal-estar. E, de
repente, se veem atacados pelo
fantasma da liberdade.
Assim, Carol e Bob (Natalie
Wood e Robert Culp) formam
o casal de classe média disposto a manter uma relação aberta. Seus amigos Ted e Alice
(Elliott Gould e Dyan Cannon),
bem menos. Tanto que, quando
Ted relata um caso amoroso
extraconjugal, Alice sobe a serra. A partir daí, o filme começa
a evoluir para o seu famoso cartaz, com os dois casais deitados
na mesma cama (com parceiros trocados, naturalmente).
À moda de Paul Mazursky, o
tema é melhor que o filme. O
que não o impede de compor
um belo documento sobre o
alucinante final dos anos 60.
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