São Paulo, terça-feira, 15 de junho de 2004

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FILMES

Anjos Faixa Preta
SBT, 14h30.
 
(Black Belt Angels). EUA, 1994, 81 min. Direção: Chi-Han Kim. Com Shawna Dee Larson, Rebekah Bartlett. Alunas de escola de artes marciais resolvem salvar a instituição com a promoção de shows que a transforma em ponto de encontro de adolescentes. Com isso, o velho mestre Lee consegue uma penca de novos alunos.

O Defensor
Globo, 15h40.
 
(Forest Warrior ou Lords of Tanglewood). EUA, 1996. Direção: Aaron Norris. Com Chuck Norris, Terry Kiser. Velhos da região de Tanglewood não se preocupam com a iminente destruição da floresta da região. Eles acreditam na lenda indígena segundo a qual um homem com poderes extraordinários virá defender a natureza.

007 - O Amanhã Nunca Morre
SBT, 22h30.
   
(Tomorrow Never Dies). EUA, 1997, 117 min. Direção: Roger Spottiswoode. Com Pierce Brosnan, Teri Hatcher. Com um veículo meio ultrapassado na mão (007 depois da Guerra Fria), Spottiswoode consegue renovar a personagem, explorando a fundo o vilão, um magnata das comunicações com ambições bem maiores que seu já alentado império. A mídia é um poder a ser pensado, no mundo globalizado, e justamente nessa direção vai o filme, que de resto se beneficia da presença de Brosnan, um bom James Bond.

Intercine
Globo, 1h30.

Para terça, a escolha se dá entre "Rosa de Fogo" (1993, de Bob Misorowski, com Maichael Paré, Barbara Carrera) e "Jogada de Risco" (1996, de Paul Thomas Anderson, com Philip Baker Hall, John C. Reilly).

Os Sedutores
SBT, 2h30.
 
(Ladykillers). EUA, 1988, 96 min. Direção: Robert Lewis. Com Marilu Henner, Susan Blakely. Assassinato em clube de striptease masculino mobiliza uma policial que, para melhor cuidar do caso, pede ajuda ao namorado (também policial). Para tanto, ele terá de rebolar, literalmente. Feito para TV.

Ressurreição - Retalhos de um Crime
Globo, 3h15.
 
(Resurrection). EUA, 1999, 108 min. Direção: Russell Mulcahy. Com Christopher Lambert, Leland Orser. Dois detetives de Nova Orleans tentam deter "serial killer" cuja mania é matar as pessoas e retirar partes de seus corpos, a fim de compor um novo corpo, que ele julga ser o corpo de Cristo, que ressuscitará na próxima Páscoa. Lambert é, além de detetive, co-autor da história, o que não chega a ser uma honra.

Clube Paraíso
SBT, 4h15.
 
(Club Paradise). EUA, 1986, 104 min. Direção: Harold Ramis. Com Robin Williams, Peter O'Toole. Após se aposentar por invalidez, bombeiro decide levar vida boa em uma ilha caribenha. Ali encontra o Clube Paraíso, torna-se sócio do lugar e trata de fazer campanhas para atrair turistas americanos. Só para São Paulo. (IA)

Questões de proporção

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Às vezes é difícil buscar as razões profundas de por que um filme não dá certo. "As Meninas" (Canal Brasil, 21h), por exemplo, tinha tudo para funcionar, a começar do fato de ser adaptação de um romance não só belíssimo como muito apto a ser transposto para cinema.
Mas Lygia Fagundes Telles parece não dar muita sorte com cinema, o que não deixa de ser irônico, tratando-se ela da viúva de Paulo Emílio Salles Gomes.
O certo é que, das atrizes deste filme de Emiliano Ribeiro, uma delas, Claudia Liz, é muito mais alta que as demais, daí decorrendo, para começar, que deve ter sido um inferno botar todo mundo no quadro.
Mas não só isso. Liz é um varapau e transfere a atenção do espectador da história para as questões de proporção do elenco.

TV PAGA

"Verdadeira Winona Ryder" retoma escândalo

BRUNO YUTAKA SAITO
DA REDAÇÃO

As imagens aparecem numa telinha pequena, tremidas, mal definidas. Mas lá está ela, Winona Ryder, na maior cara-de-pau frente às câmeras de segurança de uma loja, tentando furtar tranqüilamente peças de roupas.
Melhor do que qualquer filme que ela tenha feito nos últimos dez anos. As imagens do flagrante em 2001, registradas pela loja Saks Fifth Avenue, em Beverly Hills (EUA), são o ápice da carreira da atriz americana, destaque do documentário "A Verdadeira Winona Ryder", produzido pelo Channel Four e que a GNT exibe hoje.
O mais lógico seria considerar o episódio -em que a atriz tentou furtar o equivalente a US$ 5.000 em roupas- o fundo do poço de qualquer celebridade artística. Mas, como se trata de Ryder, o caso é o ponto culminante de uma carreira que, desde o início, faz a alegria dos tablóides estrangeiros -não há ator/cantor alternativo em ascensão que a atriz não tenha dado uma segunda olhada.
O documentário tenta entender o que levou uma atriz indicada duas vezes ao Oscar, e que supostamente tem uma conta bancária abastada, a bancar a ladra. Não conclui nada ("Foi apenas para mostrar que ela pode fazer de tudo" ou "Foi um pedido de ajuda" são alguns dos palpites).
Na falta de certezas, o programa conta a história da musa da Geração X desde seus tempos de criancinha, numa tentativa às vezes patética de traçar seu perfil psicológico. Filha de pais hippies, Ryder foi criada numa comunidade bicho-grilo. Timothy Leary, o papa do LSD, foi seu mentor espiritual. O futuro prometia.
As coisas degringolaram durante "A Fera do Rock" (1989), quando teria ficado viciada em remédios. No dia do flagrante, a atriz carregava oito diferentes tipos de "painkillers" (drogas usadas para aliviar dores). Uma das teses é que Ryder tentava furtar a loja para manter seu vício. O documentário também levanta a bola dos que acreditam que tudo não passa de um grande golpe de marketing, já que a atriz tem feito filmes de quinta categoria. Se a idéia for dar risadas, fique com essa tese -aliás, a melhor coisa do documentário, após as cenas do ato em si, são as animações que simulam o roubo, com a atriz fazendo caras e bocas maquiavélicas.


A VERDADEIRA WINONA RYDER. Quando: hoje, às 19h, no GNT.


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