São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 2005

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Catalães são ícones da fusão pós-dramática

SERGIO SALVIA COELHO
CRÍTICO DA FOLHA

Como se autodefinem em "Accidents Polipoétics", "La Fura é um bando de demiurgos, cada um com seu paraíso e sua serpente, seu caos e sua ordem, sua enfermidade e sua cura (...) e apedreja seus amigos em sinal de boas-vindas". Entre os maiores expoentes do teatro pós-dramático, que tem como ponto de honra anarquizar as fronteiras entre os gêneros, esses garotos perdidos desenvolvem há mais de 20 anos a "linguagem furera", atuação agressiva contra a passividade do espectador, tragado em um trem-fantasma de técnicas de ponta e provocações pueris, de intuição e investigações.
Com o impacto inicial de "Accions" (83), que subvertia um bem-comportado teatro de animação das primeiras montagens, o grupo expande sua "sonoridade agreste" e sua "cenografia itinerante" pelos festivais europeus. Sucedem "Suz/ O/Suz" (85), "Tier Mon" (88), "Noun" (90), "M.T.M." (94) e "Manes" (96). Em seguida, tomam a ópera de assalto: "Atlântida", de Manuel de Falla; "O Martírio de São Sebastião", de Debussy; "Condenação de Fausto", de Berlioz. "Símio do Milênio" (01) reunia digitalmente o mundo, "XXX" (02) mergulhava no sexo explícito e "Obit" enfrenta a morte.


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