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SAIBA MAIS
Catalães são ícones da fusão pós-dramática
SERGIO SALVIA COELHO
CRÍTICO DA FOLHA
Como se autodefinem em
"Accidents Polipoétics", "La
Fura é um bando de demiurgos, cada um com seu paraíso e
sua serpente, seu caos e sua ordem, sua enfermidade e sua cura (...) e apedreja seus amigos
em sinal de boas-vindas". Entre os maiores expoentes do
teatro pós-dramático, que tem
como ponto de honra anarquizar as fronteiras entre os gêneros, esses garotos perdidos desenvolvem há mais de 20 anos a
"linguagem furera", atuação
agressiva contra a passividade
do espectador, tragado em um
trem-fantasma de técnicas de
ponta e provocações pueris, de
intuição e investigações.
Com o impacto inicial de
"Accions" (83), que subvertia
um bem-comportado teatro de
animação das primeiras montagens, o grupo expande sua
"sonoridade agreste" e sua "cenografia itinerante" pelos festivais europeus. Sucedem "Suz/
O/Suz" (85), "Tier Mon" (88),
"Noun" (90), "M.T.M." (94) e
"Manes" (96). Em seguida, tomam a ópera de assalto:
"Atlântida", de Manuel de Falla; "O Martírio de São Sebastião", de Debussy; "Condenação de Fausto", de Berlioz. "Símio do Milênio" (01) reunia digitalmente o mundo, "XXX"
(02) mergulhava no sexo explícito e "Obit" enfrenta a morte.
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