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Orquestra quer
consolidação
FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos
A exibição conjunta com o Balé
da Cidade de São Paulo é um dos
trunfos da Orquestra Sinfônica de
Santos, constituída oficialmente
há apenas três anos, para tentar se
consolidar como uma das principais do Estado.
Neste semestre, além do espetáculo com o balé, a orquestra foi
responsável pela abertura do Festival Internacional Música Nova,
que acontece em São Paulo, Santos e Ribeirão Preto.
Organizado desde 1962 pelo
compositor santista Gilberto
Mendes, o festival é apontado como uma das mais importantes
mostras de música erudita contemporânea do mundo.
"Acho que é uma das três melhores orquestras do interior de
São Paulo, ao lado das sinfônicas
de Campinas e Ribeirão Preto",
afirma Gilberto Mendes.
Para ele, o traço que destaca a
Sinfônica de Santos das outras é o
ecletismo do repertório. "Além de
executar o repertório clássico, ela
é aberta à música contemporânea", afirmou.
Criada por lei municipal em
1994, a orquestra de 41 músicos
realizou seu primeiro concerto em
julho do ano seguinte.
Atualmente, prepara pelo menos
um novo programa por mês e desenvolve outros dois projetos: Ensaio Aberto, encontros didáticos
cujo público-alvo são estudantes
da rede escolar municipal, e Viajando com a Música Sinfônica, roteiro de apresentações pelo litoral
e interior de São Paulo.
"Acho que a gente conseguiu
em três anos, um período muito
curto na vida de uma orquestra, o
que em muitos lugares não se consegue em dez", afirma o maestro
Luiz Gustavo Petri.
A expansão das atividades da orquestra e a ampliação do quadro
de músicos dependem agora de
auxílio do setor privado, segundo
o secretário de Cultura de Santos,
José Gondim, que assumiu o cargo
há pouco mais de um mês.
"Queremos dar total prioridade
à orquestra e, para isso, estamos
estudando as possibilidades de patrocínio", diz.
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