|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Fabiana Cozza lança CD em que aprofunda lado afro
Shows acontecem hoje e amanhã, no Sesc Pinheiros
LUIZ FERNANDO VIANNA
DA SUCURSAL DO RIO
Principal intérprete dentre
os nomes da nova geração do
samba de São Paulo, Fabiana
Cozza não faz concessões ao
comercialismo em seu segundo
CD. "Quando o Céu Clarear",
que tem shows hoje e amanhã
no Sesc Pinheiros, é um aprofundamento do lado afro da
cantora, com a inclusão no repertório de dois cantos para
orixás: "Ponto de Nanã" (Roque Ferreira) e "Canto para Iemanjá" (domínio público).
"Fiz uma boa estréia ["O
Samba É Meu Dom'], mas não
consegui mostrar totalmente
quem eu era. Samba, para mim,
não é um gênero musical, mas
uma postura de vida. Sou
amante da tradição afro no Brasil e no mundo, e precisava deixar isso mais claro", diz ela.
O "mundo" entrou, explicitamente, com a participação de
dois cubanos no CD: o pianista
Yaniel Matos em "Xangô te
Xinga" (Leandro Medina) e o
trompetista Julio Padrón em
"Canto de Ossanha" (Baden
Powell/Vinicius de Moraes)
-clássico que ela não se acanhou de regravar.
"Canto essa música há quatro anos em shows e tenho uma
resolução teatral e corporal para ela. Já até esvaziei teatro assim, quando me apresentei
num lugar com muitos evangélicos e pensaram que eu tinha
incorporado [uma entidade do
candomblé]", diz Cozza.
Matos, Padrón e Dona Ivone
Lara, autora de duas faixas do
CD, participam dos shows. A
cantora concilia músicas de
origens diversas do Brasil, como três do baiano Roque Ferreira, duas do paraense Leandro Medina, algumas de paulistas como os irmãos Magnu
Sousá e Maurilio de Oliveira e
outros de cariocas como Nei
Lopes e Nelson Sargento, criadores de "Pela Sombra".
FABIANA COZZA
Quando: hoje, às 21h; amanhã, às 18h
Onde: Sesc Pinheiros (r. Paes Leme,
195, tel. 0/xx/11/3095-9400)
Quanto: entre R$ 7,50 e R$ 15
Texto Anterior: Fábio de Souza Andrade: Wordsworth e a volta da natureza Próximo Texto: Música: Luiz Melodia e Céu cantam no Ibirapuera Índice
|