São Paulo, quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"Deu a Louca..."

Desenho imita "Shrek" sem o mesmo talento

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DA REPORTAGEM LOCAL

Desde que "Shrek" (2001) torceu os tradicionais contos de fada, transformando um ogro em herói e ironizando os diversos clichês estéticos e narrativos do gênero, um monte de desenhos pulou nesse vagão, sem a mesma qualidade da Dreamworks.
"Deu a Louca na Cinderela", que estréia hoje no país, é mais um desses, como já se antevê no título -ele mesmo uma imitação do recente "Deu a Louca na Chapeuzinho", outro desenho da mesma estirpe.
Aqui, a história fala de um feiticeiro tipo Merlim, que controla o balanço entre o bem e o mal nas histórias clássicas, garantindo que elas ocorram de acordo com a tradição (ou seja, que Rapunzel jogue suas tranças, que o caçador salve a Chapeuzinho etc.).
Quando o bruxo sai de férias, a madrasta má da Cinderela toma seu lugar e inverte o equilíbrio a favor dos vilões. Mas é claro que isso não fica assim, porque Cinderela, os sete anões e um punhado de outros vão se unir para normalizar tudo.
Com uma animação nada memorável, bem abaixo do nível em que estão Pixar e Dreamworks, e uma história estritamente infantil, "Deu a Louca..." pode agradar aos pequenos, mas certamente não vai causar mesmo interesse nos adultos que os acompanham.
Mesmo as vozes -Sigourney Weaver como a madrasta, Sarah Michelle Gellar como Cinderela- e algumas das piadas originais se perdem nas versões dubladas que serão exibidas.


DEU A LOUCA NA CINDERELA
Direção:
Paul Bolger e Yvette Kaplan
Produção: EUA/Alemanha, 2007
Quando: estréia hoje nos cines Paulista, Bristol, Jardim Sul e circuito
Avaliação: regular


Texto Anterior: Roteirista fez manifesto da classe
Próximo Texto: "A Casa de Alice" foca trama familiar
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.