São Paulo, quinta-feira, 15 de novembro de 2007

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Crítica

Ferrari discute nossas relações com o divino

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Maria" (TC Cult, 22h) não tem relação alguma com as reinações do padre Marcelo na área cinematográfica. E menos ainda com as fabulações de "O Código Da Vinci", livro e filme.
Abel Ferrara pode ser um maluco, mas toma as coisas a peito. Sobretudo quando seus temas se vinculam ao cristianismo. A primeira cena é a definitiva, a que nos transporta: alguns anjos aparecem num lugar escuro. Mas que estranhas figuras são eles: nem homens nem anjos nem demônios -um pouco de tudo isso.
Talvez para Ferrara sejamos nós também uma mistura disso tudo. E talvez por isso as histórias que narra a propósito de Maria Madalena e Jesus Cristo existam indiretamente.
Elas dizem respeito à obsessão da atriz (Juliette Brinoche) que interpreta Maria Madalena num filme. Ou a um apresentador de TV (Forrest Whitaker) que passa por terrível crise pessoal.
Em todas, de algum modo está presente a questão ferrariana por excelência: como sermos dignos de Cristo?


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